Os actos de violência contra mulheres e crianças por parte de familiares são as principais causas de separação em muitas famílias e do aumento do índice de crianças abandonadas nas ruas do município do Quitexe, disse ontem, ao Jornal de Angola, a chefe do sector da Família e Promoção da Mulher naquela circunscrição.
Domingas Mário avançou que, de Janeiro a Julho do ano em curso, o seu sector registou 14 casos de violência doméstica contra mulheres e crianças, provenientes das diferentes localidades do município.
Os casos de maior relevância ou de difícil resolução, referiu, são encaminhados para as estruturas provinciais. “Estamos muito preocupados com o aumento dos casos de violência, porque muitas das vítimas chegam ao nosso centro com ferimentos graves. Por isso, criámos equipas de sensibilização que estão a desenvolver diversas actividades nas igrejas, escolas, comunas, regedorias, aldeias e noutras localidades de maior densidade populacional”, disse.
Com o trabalho de sensibilização actualmente em curso, o sector da Família e Promoção da Mulher pretende esclarecer os habitantes sobre o mal que os actos de violência podem causar às famílias, informando-os sobre a Lei Contra a Violência Doméstica em vigor no país.
Os conflitos nos lares, o consumo excessivo de drogas e de bebidas alcoólicas, a fraca possibilidade económica e financeira das famílias e a má interpretação do termo de igualdade de direitos por parte de algumas mulheres, também têm contribuído para o desentendimento e separação das famílias.
O diálogo, a unidade, o respeito, o amor ao próximo e a fidelidade são, para a responsável, alguns dos princípios que proporcionam o bem-estar nas famílias. Sem a observância destes princípios, a responsável considera que dificilmente a sociedade alcança um progresso harmonioso.
Domingas Mário pediu às mulheres locais para fazerem formações nas mais diversas áreas, porque o país necessita da contribuição de todos para o seu desenvolvimento e, lembrou, antigamente era pouco notória a inserção de mulheres nos cargos de direcção e chefia.
“A mulher era vista como uma simples doméstica mas, fruto da formação académica, profissional e técnica de muitas delas, o Executivo aprovou vários Decretos que estão a permitir que muitas mulheres sejam nomeadas para cargos públicos”, salientou, notando que no município de Quitexe mais de 20 por cento dos cargos de direcção são ocupados por mulheres, facto que está a motivar muitas outras a fazerem formação académica e profissional.
“Actualmente, o papel da mulher é valorizado. Por isso, nós, as mulheres, devemos continuar a apostar na formação para que o número de mulheres em cargos de direcção cresça cada vez mais, porque o desenvolvimento de uma região não depende apenas dos homens. As mulheres também têm uma palavra a dizer”, afirmou.
Nesse sentido, reprovou o comportamento de muitos homens que impedem as suas mulheres de frequentarem as escolas, porque hoje elas estão cada vez mais apostadas em demonstrar as suas verdadeiras capacidades intelectuais e profissionais, para que a sociedade esteja devidamente equilibrada.
“Os nossos antepassados viveram momentos difíceis. Muitas mulheres não sabiam ler e escrever, mas hoje a situação é completamente diferente, porque elas procuram demarcar-se do passado e apostam cada vez mais em conhecer a evolução tecnológica e científica”, concluiu. O município do Quitexe possui três comunas, Vista Alegre, Aldeia Viçosa, Cambambe e conta com 75 aldeias.
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