Todos estes despojos foram levados para Luanda, onde chegaram a 5 de Dezembro, incluindo a cabeça do Rei que para o efeito foi salgada e encerrada num cofre de veludo preto.
No dia seguinte realizou-se um solene funeral com “um honrado e ostentoso acompanhamento, com toda a irmandade da Santa Misericórdia de que era irmão o rei na cidade de São Salvador, clerezia e religiões, indo no acompanhamento o Governador, o Senado da Câmara, cidadãos e moradores, com todos os capitães e gentes de guerra (História General das Guerras Angolanas, O. de Cardonega). Chegando à praia, embarcaram a urna com a cabeça do rei, acompanhada por todos os religiosos, Governador e outros seculares, enquanto os populares e militares caminhavam por terra até à ermida de Nossa Senhora da Nazaré.
Dobravam funebremente os sinos da cidade.
Nesta Igreja ficou, finalmente, sepultada a cabeça de D. António Manimulaza, Rei do Congo.
Quanto às minas, depois de ocupadas, veio a confirmar-se que o minério era “verde, de cor do verdete e não mostrava em si coisa que luzisse”. Os antigos tinham razão quando negavam a existência de ouro no Congo e afirmavam apenas existir cobre.
As minas mais conhecidas eram as de Bembe. Na realidade só em 1856, depois do estabelecimento na região de um presídio, é que estas minas começaram a ser exploradas, mas sem grande êxito.
O principal documento iconográfico da batalha de Ambuíla consiste num belo painel de azulejos existente na capela-mor da Ermida da Nazaré, mandada construir pelo Governador André Vidal de Negreiros em 1664 em cumprimento de um voto à Virgem, feito possivelmente durante um temporal ocorrido na sua viagem para Luanda.
No painel da capela-mor está representado , ao centro o quadrado das forças portuguesas resistindo ao envolvimento do exército congolês. Na diagonal do quadrado duas peças de artilharia vomitam fogo. O rei, à frente do seu exército, de manto e coroa real conduz os seus ao assalto.
Esta ermida foi o primeiro edifício a ser classificado como Monumento Nacional em 1922.
Depois da batalha, São Salvador (Mbanza Congo) foi à ruína com as linhagens nobres fugindo das guerras sucessórias para outras províncias.
Cada chefe local cercou-se de um grupo de auxiliares, reproduzindo nas províncias a estrutura da corte real e escolhendo seu sucessor. As rivalidades entre as linhagens provocaram guerras permanentes que empobreceram a população em consequência de recrutamentos forçados, destruição de plantações e escravização dos derrotados, vendidos para os comerciantes de Luanda ou para a Loango dos mercadores.
Nsoyo, a mais forte província, cuja capital teve a população dobrada entre 1645 e 1700, quando contava com cerca de 30.000 habitantes, desenvolveu-se muito nesse período, beneficiando dos escravos trazidos de São Salvador, em ruínas.
No entanto, a crise política, qualificada por alguns como verdadeira "anarquia", tomou conta do reino congolês. Entre 1665 e 1694, houve nada menos do que 14 pretendentes à coroa do reino, alguns com sucesso, outros nem tanto, e muitos deles assassinados.
Continua
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