Fazem hoje 346 anos desde que ocorreu a célebre batalha de Ambuíla que marcou o início do fim do Reino do Congo como estado independente.
O local da batalha do Ambuíla não está perfeitamente definido no terreno, admitindo-se que tenha tido lugar no Vale do Rio Luege, na zona onde existiu desde tempos muito remotos o povo e sanzalas do Dembo Ambuíla que se julga corresponder à actual serra Ambuíla, já na zona do Quitexe. Na periferia desta serra estava instalada a fazenda Alegria cujos trabalhadores encontraram, por várias vezes, armamento antigo.
Contava-se, no tempo colonial, a anedota do chefe do posto de Nova Caipemba. Quem então mandava, lembrou-se de fazer um monumento a comemorar a batalha e o chefe de posto foi encarregado de o colocar no local. Como a lucidez já não seria muita mandou os ajudantes largar a coisa onde melhor lhe pareceu. Assim ficou uma placa junto ao campo de aviação de Nova Caipemba dizendo que naquele local se travou a batalha. E ainda há pouco tempo a administradora do município de Ambuíla, Elisa Mafuta, reclamava a construção de um memorial no local da batalha, naquela localidade, "onde foram mortos milhares de angolanos em vários períodos, com destaque para a Batalha de Ambuíla, em 29 de Outubro de 1665"...
Nos textos que se seguem vamos proceder à descrição da batalha com base e com transcrições do livro "A Batalha de Ambuíla", Gastão Sousa Dias - Lisboa, Museu de Angola, 1942 e com apontamentos dos livros " História do Congo Português", Hélio Esteves Felgas - Carmona, 1958, "História de Angola", Norberto Gonzaga - CITA, 1963, "História de Angola", Douglas Wheeler e René Pélissier.
As dificuldades provenientes da guerra entre Portugal e Espanha, exigindo o aproveitamento de todos os recursos metalúrgicos, levaram D. Afonso VI a escrever, em 22 de Dezembro de 1663, uma carta ao governador-geral de Angola Vidal de Negreiros, ordenando-lhe que tomasse posse das minhas de cobre que, pelo tratado de paz de 1649, o rei do Congo era obrigado a ceder a Portugal.
Vidal de Negreiros
No início de 1661, tinha falecido o velho rei Garcia II. Sucedeu-lhe seu filho D. António I, Nvita-a-Nkanga, marquês de Kiva. O Rei do Congo D. António respondeu negando a existência das minas e dizendo “posto que as houvera, não as devo a nenhum”. Seguem-se diligências de parte a parte com intervenção dos representantes do Cabido e Clero do Congo, mas ambos os lados se aprontam para a guerra.
Recepção do rei do Congo aos capuchinhos
Vidal de Negreiros prepara o seu exército para o combate e D. António responde apelando à mobilização geral dos seus súbditos com uma inflamada proclamação: “… que toda a pessoa de qualquer qualidade que seja (…) capaz de poder menear armas ofensivas (…) se vão alistar para saírem a defender as nossas terras, fazendas, filhos e mulheres, e nossas próprias vidas e liberdades, de que a nação portuguesa se quer empossar e senhorear”.
Continua
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