As autoridades da província do Uige querem acautelar possíveis conflitos de terra naquela região, onde já se nota um movimento medonho de pessoas com tendência para a expropriação de terras.
A tendência de incursão é já evidente nos municípios de Negage, Uige, Puri, Bungo, Sanza Pombo, Quitexe.
Uma fonte governamental, que prestou a informação ao Novo Jornal, referiu que as administrações municipais têm vindo a promover espaços de diálogo, junto das autoridades tradicionais, informando-os sobre os propósitos do Governo relativamente à problemática da terra.
“O Governo não pode prejudicar os camponeses, visto que a Lei é clara: são reconhecidas às comunidades locais o acesso e o uso das terras, nos termos da lei”, argumentou.
“A expropriação de terras a algumas populações provoca ira”, resumiu a fonte, reconhecendo que chegam
informações referindo que grandes fazendeiros com poder económico querem expropriar “abusivamente”
terras que pertencem à população.
“O executivo tem os seus objectivos no sentido de reconstruir o país, mas não deve lesar os camponeses,
obrigando-os a abandonar forçosamente as suas terras que lhes foram deixadas pelos seus antepassados”,
disse o soba Domingos Malungo, do município de Sanza Pombo.
Para o mesmo soba, as famílias ocupam e cultivam as suas terras há longos anos e ali constituíram as suas famílias, casas, roças.
“Mesmo produzindo e vivendo há tanto tempo naquelas terras, já aparecem vigaristas a aliciar as autoridades governamentais para penalizar o povo”, explicou.
O estudante de agronomia João Nkoxi entende que a invasão injusta das terras dos camponeses é um processo de dilaceramento da cidadania no campo.
“A actual Lei de Terras foi debatida por organizações da sociedade civil e partidos políticos. Ela não deve
ser cumprida em defesa de todos os angolanos”, acrescentou.
O comerciante Domingos da Silva diz que os desprovidos economicamente não podem ser despojados
das suas terras porque tornam-se assim cada vez mais pobres.
“A questão do conflito de terras em Angola é uma realidade, sendo urgente
a tomada de medidas para mudar este cenário. Felizmente para nós, aqui no Uige, a situação ainda não é dramática”, reconheceu o comerciante.
Na sua opinião, todos os uigenses têm direito à terra, visto que a região possui vasto espaço que ninguém
explora.
Segundo uma fonte ligada ao sector da Agricultura e Desenvolvimento mRural, nos últimos tempos, a utilização da terra em actividades agropecuárias regista, de momento, um acompanhamento actualizado susceptível de caracterizar o sector.
Para a mesma fonte, as características ecológicas e a abundância de água, além de proporcionar condições
ideais para a cultura de diversos produtos, conferem à província, por um lado, vastas possibilidades de atingir um nível de ampla diversificação agrícola em todo o seu território, desde que haja um apoio
substancial.
“A direcção da agricultura está aberta aos que queiram investir neste sector, sem, no entanto, prejudicarem os camponeses”, referiu, salientando existirem vários pedidos relativamente à actividade pecuária nos municípios de Negage, Bungo, Alto Cauale, Puri Kangola, Sanza Pombo, Songo, Damba e Maquela do Zombo.
DAVID FILIPE
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