Quinta-feira, 07 de Fevereiro de 2013
As comunidades de Ouimulenzi, Caunda e Quicombo, município do Quiteche, na província do Uíge, já têm sistemas de captação e abastecimento de água destinados a mais de duas mil pessoas no total.
Os referidos sistemas, inaugurados pelo vice-governador do Uíge para a área económica e produtiva, foram instalados no âmbito do programa água para Todos.
O vice-governador também inaugurou os edifícios das sedes das Administrações Comunais de Vista Alegre e Aldeia Viçosa.´
Carlos Samba referiu que “a região deu um grande contributo à luta de libertação nacional” e que “nada melhor para honrar os mais velhos do que equipar as comunidades com escolas, postos de saÚde e outros serviços que dão dignidade aos seus habitantes” Na comunidade de Caunda estão a ser construídos 200 fogos habitacionais e na comunidade da Caunda uma escola de seis salas.
O administrador do Dange Quitexe anunciou que “a próxima aposta” é a reabilitação do troço entre Vista Alegre a Cambamba e a construção de mais escolas do ensino primário e unidades de saÚde.
Domingo, 03 de Fevereiro de 2013
A Lagoa do Feitiço pode vir a ser reconhecida Património Cultural da província do Uíge, caso seja provado o fenómeno ocorrido em Dambi à Angola, na comuna da Aldeia Viçosa, município do Dange Quitexe, província do Uíge, há muitos séculos, antes da chegada dos portugueses ao antigo Reino do Congo.
Neste momento, a Direcção Provincial da Cultura está a promover acções no sentido de recolher mais dados que comprovem, de facto, que este bairro ficou submerso em consequência de uma chuva miÚda que caiu sobre a localidade, transformando-o numa lagoa.
“Estamos a investigar o local no sentido de podermos encontrar dados mais convincentes sobre a transformação do bairro em lagoa. Já procurámos obter mais informações acerca da família que se salvou na altura dos acontecimentos. Queremos, portanto, seguir a genealogia dessa família, para descobrirmos o período real da ocorrência, porque não existem fontes escritas, temos apenas fontes orais”, disse Moisés Mateus Feliciana, director provincial interino da Cultura, que visitou o local no âmbito das comemorações do 8 de Janeiro, Dia Nacional da Cultura.
Um dos objectivos da investigação que está a ser feita sobre o surgimento da lagoa é a valorização dos mitos que existem sobre ela. Para isso, a Direcção Provincial da Cultura está a tentar encontrar mecanismos mais viáveis para que isso seja possível. “Aqui, ouvimos histórias que podemos fundamentar como sendo um verdadeiro mito. Mas é necessário fazer um estudo científico para sabermos o que fazer em relação à sua valorização no contexto cultural”, referiu.
Início do projecto
O projecto que pode transformar a lagoa em património cultural começa com a recolha de informações, para depois se fazer uma resenha sobre o local junto das autoridades provinciais, tendo em vista o concurso promovido pelas direcções provinciais da Cultura e do Turismo, para a sua publicitação e valorização turística.
O historiador Pedro Senas Gomes Dissungua, chefe do departamento de património cultural, defendeu que os historiadores, antropólogos e sociólogos devem agir em conjunto, para que os trabalhos de investigação sobre os factos que deram origem à Lagoa do Feitiço e outros locais e monumentos históricos da província, decorram da melhor maneira possível e os resultados preconizados sejam alcançados.
O bairro Ngungo Indua
No local onde hoje está a Lagoa do Feitiço existia um bairro, o Ngungo Indua, que submergiu em consequência de uma chuva miÚda que caiu sobre a localidade. Segundo os mais velhos, o fenómeno ocorreu há muitos séculos, antes mesmo da chegada dos portugueses ao Reino do Congo.
O sito é envolvido por um silêncio quase absoluto e a sua paisagem é muito atractiva. O acesso é livre, mas é preciso observar determinados rituais. As autoridades tradicionais despejam vinho, champanhe, maruvo e refrigerantes na água e pronunciam algumas palavras. “São dirigidas aos espíritos que habitam na lagoa”.
A chuva, segundo contam, tinha sido prevista por um homem que tinha chegado à aldeia com muitas chagas no corpo e foi desprezado pelos aldeões. Foi acolhido por duas crianças e apenas a estas ele pediu que abandonassem a aldeia, pois ela ia desaparecer sob uma nuvem negra.
Os rituais e a sua importância
Contam os mais velhos da zona que um fazendeiro português, ignorando as recomendações dos nativos, violou as regras vigentes no local e uma desgraça abateu-se sobre a sua família. Passou a haver muitas mortes e o fazendeiro, que se chamava José Dinis, começou a tratar o lugar por Lagoa do Feitiço.
Desde então, passou a ser obrigatório realizar os rituais que até hoje são observados para se ter acesso ao local. A comida e a bebida que lá é posta serve para pedir perdão às sereias, por todo o mal que os antepassados da aldeia fizeram, de forma a evitar novas desgraças.
Hoje, já se pode beber a água da lagoa e tomar banho nela. Mas só os nativos de Dambi à Ngola estão autorizados a tocar nela sem autorização. Se um estranho tocar na água sem autorização dos mais velhos da aldeia, pode desaparecer misteriosamente.
As vilas municipais da Damba e Dange Quitexe, na província do Uíge, vão ganhar, nos próximos tempos, uma nova imagem, assim que forem implementados os planos de expansão e urbanização das referidas parcelas territoriais.
Os referidos planos foram apresentados sexta-feira por técnicos da direcção provincial do Urbanismo e Construção e da empresa Soapro às autoridades da Damba e Dange Quitexe.
O programa sobre o planeamento e ordenamento do território, organização e construção de habitações nas cidades, vilas municipais e comunais é levado a cabo pelo Executivo, com vista ao melhoramento daquelas regiões.
O director provincial do Urbanismo e Construção do Uíge, Seluyeki Manuel, disse que o programa vai dar origem a casas sociais e a programas de autoconstrução dirigida a nível dos referidos municípios.
O trabalho final sobre o plano urbanístico da vila do Quitexe, município do Dange , prevê a colocação de vários arruamentos que permitem melhorar as condições de habitabilidade das populações, direccionar o programa de autoconstrução dirigida e outros investimentos ligados à construção de residências.
Neste momento, disse que o município do Quitexe dispõe já de instrumentos que permitem que sejam implementados projectos habitacionais sem quaisquer constrangimentos. O plano de urbanização do município de Quitexe foi produzido em três volumes. O primeiro sobre o regulamento que compreende as peças fundamentais do projecto, apresentando os documentos que orientam a implementação do plano, o loteamento de terrenos para a construção das residências e o afastamento das mesmas em relação às ruas.
O segundo volume mostra o ordenamento de todas as peças desenhadas no espaço público do projecto urbanístico, com o quadro sinóptico de todos os lotes apresentados. O loteamento de terrenos aparece exposto com maior clareza no terceiro volume do plano urbanístico do município, apontou o responsável.
Plano orientador
O administrador municipal do Dange-Quitexe, Salvador Lindo Bernardo Cuhema, disse que a empreitada vai servir de plano orientador para a construção de habitações em benefício das populações locais, no geral, e da juventude, em particular. Disse que o Governo Provincial do Uíge está preocupado em cumprir com as orientações superiores nos domínios dos programas de reestruturação e requalificação das cidades e vilas, daí ter estado a trabalhar na elaboração de planos urbanísticos e directores, bem como nos perfis de todos os municípios.
Estas acções, ressaltou o responsável, levam a província a acompanhar uma cadência paralela com aquilo que está a ser feito noutras localidades e provinciais do país. O director provincial do Urbanismo e Construção Seluyeki Manuel afirmou que o plano urbanístico do município da Damba dispõe de elementos necessários, em termos de infra-estruturas, que permitem a administração local gerir melhor o crescimento daquela parcela do Uíge.
As acções vão permitir que se melhore a gestão da extensão da rede de águas, instalação de energia e a construção de sistemas de drenagem, para facilitar a implementação de futuros investimentos naquela localidade municipal.
Seluyeki Manuel avançou que, na Damba, os munícipes já podem solicitar, na administração municipal local, lotes de terrenos para a autoconstrução dirigida dentro da reserva fundiária do Estado, com cerca de 120 hectares.
Zonas indicadas
Com base nesse instrumento e de acordo com as percentagens feitas na zona indicada como pública, a administração poderá gerir os espaços que tem e atender as solicitações de acordo com o plano urbanístico feito, respeitando os arruamentos e os esquemas que visam manter a organização especial da zona, explicou.
Garantiu que as principais dificuldades que as populações locais enfrentam no que tange à urbanização do município, como os problemas do cemitério municipal, ravinas e a linha de alta tensão de energia eléctrica, foram revistos pelo consultor durante a elaboração do plano urbanístico.
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