Governador Paulo Pombolo quando pressionava o interruptor para o arranque do fornecimento de energia ao Uíge a partir de Capanda
Fotografia: Filipe Botelho| Uíge
A cidade do Uíge está, finalmente, desde segunda-feira, a beneficiar da energia eléctrica produzida pela barragem de Capanda, situada na província de Malange. A alegria tomou conta dos citadinos e das autoridades, que vêm, assim, concretizado um projecto alimentado há anos. Em breve, a energia de Capanda abrange mais municípios da província.
Foi na residência de Segundo Laurindo, no bairro da Pedreira, que o governador da província do Uíge, Paulo Pombolo, pressionou um dos interruptores de electricidade, sinal que, a partir daquele momento, o bairro beneficiava, oficialmente, de corrente eléctrica proveniente da central hidroeléctrica de Capanda, na província de Malange.
Laurindo era um homem satisfeito, não cabia em si de contente, quando ligou, na presença do governador e do secretário de Estado para a Energia, João Baptisa Borges, o televisor e a arca frigorífica, que durante muitos anos eram abastecidos com a energia de pequenos, barulhentos e inseguros geradores.
"A chegada desta energia representa uma prenda de Natal para a população. Há muitos anos que não dispunha deste bem. Tinha de recorrer a candeeiros ou a pequenos geradores para iluminar as casas e meter a funcionar os electrodomésticos", disse, sorridente.
Segundo Laurindo aconselhou a população do Uíge a evitar fazer puxadas anárquicas porque, alertou, é um processo perigoso que pode provocar a morte de muitas pessoas.
"O melhor é, todos nós, celebrarmos contratos com a ENE porque a luz, que agora estamos a beneficiar, é de média tensão, e um mínimo descuido pode levar a um choque eléctrico capaz de provocar a morte", lembrou.
Nos bairros Candombe e Pedreira a empresa que se encarregou da construção das linhas de transporte de corrente eléctrica e das subestações instalou redes de distribuição para consumo domiciliário e iluminação pública.
As ligações domiciliárias efectuadas nas cidades do Uíge e Negage, segundo fontes afectas à ENE local, beneficiam, neste momento, 4.541 famílias. A capacidade instalada na subestação do Uíge permite, nesta fase, iluminar mais de cinco mil casas.
Uíge "Cidade Luz"
O fornecimento de energia eléctrica à cidade do Uíge passou a ser assegurado, desde de segunda-feira, pela barragem hidroeléctrica de Capanda, na província de Malange. A linha de transporte da corrente eléctrica e as subestações localizadas na aldeia Quigima e na rua Industrial, no município sede, foram inauguradas pelo governador provincial, Paulo Pombolo, e pelo secretário de Estado para a Energia, João Baptista Borges.
Os dois governantes visitaram as duas subestações, a do Quigima, com capacidade instalada de 12 megawatts, e a da cidade do Uíge, de 5,6 megawatts, onde receberam informações dos técnicos sobre o seu funcionamento, ficando a saber que mais de duas mil casas estão já conectadas à nova rede eléctrica.
A cidade do Uíge deixa de depender do fornecimento de energia eléctrica da antiga central térmica, equipada com grupos geradores que não possuíam capacidade para fazer chegar a corrente eléctrica a todos os bairros.
Paulo Pombolo referiu o empenho do Ministério da Energia e Águas e do governo provincial para conclusão do projecto, que considera ser o de "maior ganho da província” depois de alcançada a paz.
“Este é um dia especial, que vai ficar marcado para sempre na memória da população uigense. Há muitos anos que a província vem tendo problemas relacionados com o fornecimento de energia eléctrica e esta inquietação foi hoje solucionada", disse.
O governador pediu à população civismo no consumo da electricidade e salientou a necessidade de se alargar a rede de distribuição aos bairros e aldeias, antigas e novas, para que o projecto seja mais abrangente.
"O governo provincial quer que os bairros periféricos, como o Mbemba Ngango, Papelão, e aldeias próximas da cidade, como o Tange e Quituma, também beneficiem desta energia, tendo em conta a aglomeração populacional e algumas infra-estruturas sociais ali existentes", referiu.
Paulo Pombolo sugeriu ao secretário de Estado a construção de pequenas subestações e linhas de transporte de corrente eléctrica para beneficiar as populações das vilas da Damba e Mucaba, pois a do município de Maquela do Zombo e da região mineira de Mavoio passa por elas.
O governador acrescentou que os municípios do Puri, Sanza Pombo, Milunga e Quimbele merecem também uma atenção especial, no que ao fornecimento de energia diz respeito.
O secretário de Estado para a Energia afirmou que a sua área tem políticas específicas para a província do Uíge.
Em todos os municípios situados ao longo das linhas de transporte, afiançou, vão ser erguidas subestações para que beneficiem também da energia de Capanda.
Nas localidades que se encontram afastadas destas linhas, vão ser construídas pequenas centrais hídricas, anunciou.
"A chegada da energia eléctrica proveniente de Capanda à cidade do Uíge constitui uma conquista do Ministério da Energia e Águas e do governo da província. Venho acompanhado do presidente do Conselho de Administração da ENE e do director do GAMEK e garantimos que vamos encontrar soluções para os restantes municípios", disse.
Reabilitação da rede
João Baptista Borges defendeu a melhoria da qualidade da prestação de serviços à população, no domínio da electricidade.
O aumento da qualidade, frisou, passa pelo alargamento da rede de distribuição para permitir a sua valorização através do aumento do número de clientes e do pagamento mensal do consumo da energia eléctrica pela população beneficiada.
"Agora, que já está a ser consumida a energia proveniente da barragem hidroeléctrica de Capanda, é necessário melhorar a qualidade dos serviços de fornecimento", declarou, sublinhando:
"Esta qualidade deve ser valorizada com o pagamento do consumo de energia pela população, que só será possível com a reabilitação e alargamento da rede de distribuição".
A actual rede de distribuição, em toda a província do Uíge, foi instalada no período colonial e já há algum tempo vem demonstrando sinais de envelhecimento, o que tem dificultado o normal fornecimento da corrente eléctrica devido às constantes avarias, que originam cortes e restrições em algumas zonas.
As autoridades da província do Uige querem acautelar possíveis conflitos de terra naquela região, onde já se nota um movimento medonho de pessoas com tendência para a expropriação de terras.
A tendência de incursão é já evidente nos municípios de Negage, Uige, Puri, Bungo, Sanza Pombo, Quitexe.
Uma fonte governamental, que prestou a informação ao Novo Jornal, referiu que as administrações municipais têm vindo a promover espaços de diálogo, junto das autoridades tradicionais, informando-os sobre os propósitos do Governo relativamente à problemática da terra.
“O Governo não pode prejudicar os camponeses, visto que a Lei é clara: são reconhecidas às comunidades locais o acesso e o uso das terras, nos termos da lei”, argumentou.
“A expropriação de terras a algumas populações provoca ira”, resumiu a fonte, reconhecendo que chegam
informações referindo que grandes fazendeiros com poder económico querem expropriar “abusivamente”
terras que pertencem à população.
“O executivo tem os seus objectivos no sentido de reconstruir o país, mas não deve lesar os camponeses,
obrigando-os a abandonar forçosamente as suas terras que lhes foram deixadas pelos seus antepassados”,
disse o soba Domingos Malungo, do município de Sanza Pombo.
Para o mesmo soba, as famílias ocupam e cultivam as suas terras há longos anos e ali constituíram as suas famílias, casas, roças.
“Mesmo produzindo e vivendo há tanto tempo naquelas terras, já aparecem vigaristas a aliciar as autoridades governamentais para penalizar o povo”, explicou.
O estudante de agronomia João Nkoxi entende que a invasão injusta das terras dos camponeses é um processo de dilaceramento da cidadania no campo.
“A actual Lei de Terras foi debatida por organizações da sociedade civil e partidos políticos. Ela não deve
ser cumprida em defesa de todos os angolanos”, acrescentou.
O comerciante Domingos da Silva diz que os desprovidos economicamente não podem ser despojados
das suas terras porque tornam-se assim cada vez mais pobres.
“A questão do conflito de terras em Angola é uma realidade, sendo urgente
a tomada de medidas para mudar este cenário. Felizmente para nós, aqui no Uige, a situação ainda não é dramática”, reconheceu o comerciante.
Na sua opinião, todos os uigenses têm direito à terra, visto que a região possui vasto espaço que ninguém
explora.
Segundo uma fonte ligada ao sector da Agricultura e Desenvolvimento mRural, nos últimos tempos, a utilização da terra em actividades agropecuárias regista, de momento, um acompanhamento actualizado susceptível de caracterizar o sector.
Para a mesma fonte, as características ecológicas e a abundância de água, além de proporcionar condições
ideais para a cultura de diversos produtos, conferem à província, por um lado, vastas possibilidades de atingir um nível de ampla diversificação agrícola em todo o seu território, desde que haja um apoio
substancial.
“A direcção da agricultura está aberta aos que queiram investir neste sector, sem, no entanto, prejudicarem os camponeses”, referiu, salientando existirem vários pedidos relativamente à actividade pecuária nos municípios de Negage, Bungo, Alto Cauale, Puri Kangola, Sanza Pombo, Songo, Damba e Maquela do Zombo.
DAVID FILIPE
Novo Jornal
Nascido no dia 9 de Fevereiro de 1943, em Kimbindo, município de Quitexe, o malogrado que foi também membro do Comité Central do MPLA e coronel na reserva assumiu, em vida, várias funções de chefia no partido e no Governo.
Unigénito Armando António foi responsável do grupo clandestino do MPLA entre os anos 1973/74, guerrilheiro do exército popular de libertação de Angola, no ex-Zaire, activista político do MPLA no município de Quitexe e comissário comunal do Nsosso e municipal do Bungo, Ambuila e Kimbele.
Fotografia de lápide que existia no cemitério do Quitexe e que evocava os mortos no dia 15 de Março de 61 sepultados naquele cemitério. Esta fotografia foi retirada do site http://ultramar.terraweb.biz/
Humberto Romano de Freitas Silva - 8 anos
Cinquenta e três jovens dos municípios dos Songo e Quitexe, província do Uíge, enquadraram-se de Agosto a Novembo do ano em curso, nos núcleos de empreendedores, como forma de garantir a sua participação em várias actividades do desenvolvimento nas comunidadesEsta informação foi adiantada à Angop pelo secretário provincial do comité dos jovens empreendedores no Uíge, Luís Abel Miango, acrescentando que dos 53 jovens, 25 enquadraram-se no núcleo do Songo e os restante no de Quitexe.
Disse que os referidos núcleos são controlados pelos comités municipais da JMPLA, com o objectivo de promover jovens carentes e apoiarem certas actividades da organização e do Partido MPLA.
Luís Abel Miango adiantou que os jovens inseridos nessas organizações estão consciencializados igualmente a realizar empreendimentos em vários ramos de actividades, como a agricultura, comércio e cultura.
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