A comuna da Aldeia Viçosa, 65 quilómetros a sul da cidade do Úige, é composta por cinco regedorias, 20 povoações e com uma população estimada em nove mil 72 habitantes maioritariamente camponesa que produz mandioca, amendoim, milho, batata-doce, banana e diversas hortícolas.
Uíge - A Administração Comunal da Aldeia Viçosa, município do Quitexe, está a trabalhar, desde o princípio do corrente ano, na sensibilização da população para o aumento da produção agrícola, no âmbito Programa do Governo de Combate à Fome e à Pobreza nas comunidades.
O administrador comunal de aldeia Viçosa, Mateus Pedro, que anunciou o facto hoje, quinta-feira, à Angop, disse que a população da comuna está a corresponder com as expectativas, estando já a trabalhar para o aumento dos campos de cultivo.
"O maior problema que enfrentamos no ramo de agricultura é a falta de máquinas de lavoura, para preparação dos campos de cultivo, de modo que os camponeses não produzam só para o auto-sustento. Até agora continuam a trabalhar com instrumentos
rudimentares (enxadas e catanas) ”, frisou.
Mateus Pedro afirmou, por outro, que estão também a mobilizar os camponeses para se organizarem em associações com vista a progredir para cooperativa de produção agrícola.
Coordenação: João Matos Garcia
Colaboração: Arlindo de Sousa
João Cabral
Imediatamente antes de 1961 já os Postos Administrativos do Quitexe (pertencendo ao concelho de Ambaca - Camabatela) e do Dange (pertencendo ao concelho dos Dembos - Quibaxe) estão ambos integrados no Distrito do Cuanza Norte
Na sequência dos acontecimentos de 15 de Março de 1961, uma nova reorganização administrativa fez o Quitexe recuperar a antigo estatuto perdido (de cabeça de circunscrição), transformando-o em sede da Administração do Concelho do Dange, então criado pela portaria nº11740 de 26JUL61.
Procedeu-se à junção de dois postos administrativos, Quitexe (destacado do concelho de Ambaca - Camabatela) e Dange (desanexado do Concelho dos Dembos – Quibaxe), ficando a sede no primeiro e adoptando o nome do segundo. E sob a sua dependência, para além do posto – sede, ficaram os postos administrativos de Aldeia Viçosa e Vista Alegre, então também criados, e o Posto Administrativo de Cambamba (antiga sede do posto de Dange).
Sanzala e morro da Cambamba
Pouco tempo depois (21 de Julho de 1962), verificou-se novo reajustamento administrativo, em resultado do qual o Concelho do Dange foi separado do Distrito do Quanza Norte, de cuja capital o Quitexe dista 300 Km, e passou a pertencer ao distrito do Uíge, cuja capital está apenas a 40 Km de distância.
Houve cerimónia oficial no Quitexe. Para além de muitas outras pessoas, estiveram presentes os Governadores de ambos os distritos respectivamente Major Silva Sebastião e Major Rebocho Vaz, o Comandante Militar do Quitexe e o Dr. Pinto Assoreira. Na ocasião foram "Louvados por S exa. Gov. Dist. Q. N." o Secretário da Administração do Quitexe Políbio Fernando Amaro Valente de Almeida e os Chefes de Posto António Augusto Ribeiro França (Aldeia Viçosa) e Guedes Vaz (Vista Alegre).
Em 1962 foi permitido à vila de Quitexe usar escudo e bandeira:
Portaria n.º 19076
Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro do Ultramar, no uso da competência que lhe é conferida pela base XI da Lei Orgânica do Ultramar e nos termos da base XLVIII da mesma lei e do artigo 4.º das ordenações aprovadas pela Portaria n.º 8098, de 6 de Maio de 1935:
1.º As povoações da província de Angola adiante mencionadas têm direito a usar escudo de armas ordenadas da forma que a seguir se indica:
Quitexe - Em campo de prata, um ramo de cafèzeiro de verde, frutado de vermelho, posto em pala; em chefe, duas pacassas de negro, de cornutos azuis, aprontadas.
2.º Às povoações referidas no número anterior é permitido o uso das bandeiras que a seguir são descritas:
Quitexe - Esquartelada de amarelo e negro. Cordões e borlas das mesmas cores.
Ministério do Ultramar, 15 de Março de 1962. - Ministro do Ultramar, Adriano José Alves Moreira.
Com a implantação da independência em 11 de Novembro de 1975, a Lei Constitucional passou a definir no seu artigo 55º:
O território da República de Angola, para fins político-administrativos, divide-se em Províncias, Municípios, Comunas e Bairros ou Povoações.
As Províncias, Municípios e Comunas, mantiveram, de um modo geral, os limites dos anteriores distritos, concelhos e postos administrativos. Deste modo o Município do Quitexe-Dange integra a província do Uíge e engloba, além da comuna sede, as comunas de Aldeia Viçosa (Quitende), Vista Alegre (Quifuafua) e Cambamba
Os expositores da I Feira Agropecuária do Uíge, que arranca sexta-feira, no município de Quitexe, esperam que o evento venha a contribuir para o crescimento da agricultura e da pecuária, em direcção ao desenvolvimento sócio-económico da província.
A feira, alusiva aos 93 anos da cidade do Uige, conta com expositores de sectores diversos, como a agricultura, pecuária, artesanato, comércio e serviços, dos 16 municípios da província.
Zola Lucau, responsável pela montagem do stand da fazenda Kibopecuária, do município de Maquela do Zombo, considera que a ideia do Governo provincial, em promover a feira agropecuária anualmente, vai contribuir para o desenvolvimento económico e a promoção turística da província, que prevê receber, nesta primeira edição, mais de 10 mil visitantes. “Esperamos, com esta feira, mostrar as potencialidades da província e aquilo que de melhor aqui se produz”, disse Zola Lucau. A fazenda por que responde vai expor, durante os nove dias da feira, bovinos e caprinos, galinhas, banana, pão, mandioca, café, abacaxi, laranja, manga, madeira e materiais de construção.
A fazenda Kibopecuária, que participa pela primeira vez numa feira agropecuária, segundo Zola Lucau, tem mais de 600 cabeças de gado bovino e caprino. Uma cabeça de gado bovino no stand desta fazenda custa mil e 500 dólares, enquanto o preço do caprino varia entre os oito e 12 mil kwanzas.
“O nosso gado é proveniente do Brasil e da República Democrática do Congo e é de boa qualidade”, garantiu.
Por seu lado, João Bunga, expositor de Quitexe, defende que a feira, à semelhança das realizadas em outras províncias do país, além de promover os sectores da agricultura e pecuária, deve fomentar a troca de experiências entre os agricultores e os criadores de gado.
O evento abriu, igualmente, espaço para produtos como leite e mandioca, confecção de artesanatos, gastronomia, comercialização de factores de produção a nível da agricultura e venda de plantas ornamentais.
“Estamos nesta feira para divulgar a qualidade dos produtos da província do Uíge, em geral, e do município de Quitexe, em particular”, disse João Bunga. Para o empresário, o evento serve também para mostrar aos visitantes que Quitexe é um pólo de produção, principalmente de hortaliças, frutas, mandioca, banana, gingumba e outros produtos.
Para Mário Pedro, expositor do município do Songo, a feira é uma oportunidade para este sector trocar experiências na área de produção e comercialização dos seus bens. “Temos animais e produtos do campo de excelente qualidade”, disse.
Jornal de Angola
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