Domingo, 20 de Junho de 2010

APONTAMENTOS PARA A HISTÓRIA DO QUITEXE - GUERRA, CARVALHO & Cª Lda

O velho Guerra (Augusto César Guerra Borges) quando foi para Angola no início do século XX, foi inicialmente trabalhar

para o Lucala onde conheceu  e fez amizade com outro compatriota de nome Lanita.

 

Depois foi para o Quitexe onde fez uma grande demarcação. A fazenda inicialmente chamava-se Rio Vouga. A fazenda era tão grande que o velho Guerra acabou por ceder uma quota ao Sr. Carvalho.

 

A Sociedade passou a chamar-se Guerra, Carvalho & Ca Lda

 

 

 

Anos mais tarde o César Guerra dá uma quota (da parte dele da fazenda) a uma das filhas do Sr. Lanita e a sociedade passa a chamar-se Guerra & Cª Lda., nome que manteve até 75.

 

Com a morte do velho Guerra, a parte deste foi assumida pelo genro Celestino Pereira (Celestino Guerra).

 

 

Mapa de 1944

publicado por Quimbanze às 08:15

link do post | comentar | favorito
Sábado, 19 de Junho de 2010

APONTAMENTOS PARA A HISTÓRIA DO QUITEXE - TORRES GARCIA

Como vimos, anteriormente, a listagem de "Agricultores"  do Quitexe, de acordo com o "Anuário do Império Colonial", aquando da sua 1ª edição, 1935, era a seguinte


 - Dr. António Alberto Torres Garcia
 - Guerra, Carvalho & Cª, Lda.
 - José Borges Calheiros
 - José Ferreira
 - José Neves Ferreira
 - Matos, Vaz & Cª Lda.

  

Começamos pelo primeiro da lista, Dr. António Alberto Torres Garcia:

  

Nasceu em Várzea  Grande -Vila Nova do Ceira, no ano de 1889, e veio a morrer, na casa onde nasceu, a  9 de Setembro de 1937.

Era filho do proprietário Joaquim da Costa Garcia e de Maria Augusta Nazaré Garcia.

Concluídos os estudos liceais em Coimbra, ingressa na Faculdade de Direito dessa cidade, obtendo o respectivo grau de bacharel em 1911, e, mais tarde, frequenta o 1.º ano do Instituto Superior Técnico. O seu percurso profissional é pautado pelo exercício de diferentes actividades, em áreas diversas.

Na docência, foi assistente da Faculdade de Ciências de Coimbra, professor no Liceu José Falcão e lente na Escola Industrial e Comercial Brotero.

 

 

No âmbito militar, fez parte do Corpo Expedicionário Português no posto de alferes miliciano, de onde ascendeu a tenente miliciano no Batalhão de Artilharia da Costa e a capitão, quando regressou da campanha.

Na administração de Angola, serviu, desde 1926, de secretário provincial e, entre 26 de Março e 17 de Agosto de 1928, de governador--geral interino, ocupando ainda o lugar de director da Companhia de       Pesca do Sul desse território ultramarino.

Por sua iniciativa foi fundado em 1932, em Porto Alexandre, o sindicato de Pesca, depois GRÉMIO DOS INDUSTRIAIS  DE PESCA sendo, de longe  a maior obra socioeconómica do distrito. A importância deste organismo foi de tal maneira válida que as suas estruturas iniciais se mantiveram inalteradas, no fundamental, até ao fim, até 1975.

 

Finalmente, no domínio do associativismo, presidiu à Sociedade de Defesa e Propaganda de Coimbra, desempenhou o cargo de secretário--geral do Congresso Beirão, em 1936, e integrou o conselho directivo da Casa das Beiras.

Emancipando-se ideologicamente na última década da Monarquia, filia-se no Partido Republicano Português, além de aderir ao Centro Republicano Académico e à Maçonaria, em cuja loja “Redenção” se iniciou, sob o nome de Morral.

É durante a I República que desempenha os cargos políticos mais relevantes. Começa por ser vereador da Câmara Municipal de Coimbra, em 1913 (reassumindo o lugar na década de 1930), da qual virá a ser presidente e vogal, a partir de 1920. Segue-se a passagem pelo Congresso da República, onde foi deputado por Coimbra (nos períodos de 1921 a 1922 e de 1922 a 1925) e, nessa condição, membro das comissões de Orçamento, Finanças, Comércio e Indústria e Guerra.

Ascende, por fim, à esfera governativa, nos papéis de ministro do Trabalho (em Novembro de 1921), ministro da Agricultura (de 22 de Julho a 22 de Novembro de 1924; de 1 de Julho a 1 de Agosto de 1925 e de 17 de Dezembro de 1925 a 30 de Maio de 1926) e, por último, ministro das Finanças, que exerceu entre 1 de Agosto e 17 de Dezembro de 1925.

Além de ter sido director do Diário de Coimbra desde os tempos da Ditadura Militar até 1937, ano em que faleceu, notabilizou-se enquanto conferencista, tendo realizado palestras sobre assuntos coloniais na Sociedade de Geografia de Lisboa, na Associação Comercial do Porto e na Câmara Municipal de Coimbra.

Foi igualmente o grande impulsionador do Caminho de Ferro de Arganil. Mas, apesar das verbas que disponibilizou para a obra, enquanto ministro das finanças, e de toda a actividade exercida em prol deste investimento viu a linha de caminho de ferro parar a escassos 5 Km da sua terra Vila Nova do Ceira, ficando a linha reduzida ao ramal da Lousã com términos em Serpins.

 

Durante a sua permanência em Angola demarcou diversas propriedades, tendo requerido, em 1929 a concessão dos seguintes terrenos, na circunscrição da Quibala, Distrito do Cuanza-Sul (conforme descrito no Boletim Oficial de Angola):


- 4900 ha em Bango-ia-Coma, na sede da circunscrição;
- 4900 ha no Sobado de Tari, em Cariango;
- 4900 ha, no Sobado de Gungo, em Cariango;
- 4900 ha, em Catumbe, na sede da circunscrição;

Apesar destas demarcações não terá aí exercido qualquer actividade agrícola.

 

Mais tarde, e de acordo com o Boletim Oficial de Angola de 28 de Maio de 32, é-lhe atribuída a concessão de uma propriedade na área do Encoje que será a fazenda Pumbaloge no Quitexe que, no entanto, nunca terá gerido directamente.

 

Curiosas, são as áreas demarcadas, sempre de 4900 Ha. A explicação residia na tabela de taxas:

 

 

Aviso da Repartição Superior da Agrimensura

 

- Para os devidos efeitos se publica que as importâncias a depositar… pelos requerentes de concessões de terrenos do Estado ou de títulos de concessão ou de propriedade, são os seguintes:

 

          Terrenos de 1ª classe (povoações classificadas)

- até 500 m2                     -   30$00 

- por cada 100 m2 além  -     1$00

  

       Terrenos de 2ª classe e subúrbios

- até 500 ha                     -   30$00 

- de 501 até 2500 ha        -   70$00 

- de 2501 até 5000 ha      - 120$00 

- por cada 100 há a mais -     4$00

 

Não são aceites vales ou cheques. As importâncias deverão ser depositadas na Caixa Económica Postal ou Fazenda, à ordem do Director da Agrimensura.

29 de Agosto de 1923.

 

Saliente-se que, depois da demarcação havia que obter uma licença provisória de ocupação que só era passada se estivessem agricultados 20% da área demarcada. Para esse efeito era feita uma vistoria com elementos da administração, das finanças e testemunhas dos interessados.

 


 

publicado por Quimbanze às 08:39

link do post | comentar | favorito
Sábado, 12 de Junho de 2010

Administração incentiva aumento na produção na Aldeia Viçosa

 

 

Uíge - A Administração Comunal da Aldeia Viçosa, município do Quitexe,  está a trabalhar,  desde o princípio do corrente ano, na sensibilização da população para o aumento da produção agrícola, no âmbito Programa do Governo de Combate à Fome e à Pobreza nas comunidades.

 

O administrador comunal de aldeia Viçosa, Mateus Pedro, disse que a população da comuna está a corresponder com as expectativas, estando já a trabalhar para o aumento dos campos de cultivo.

 

"O maior problema que enfrentamos no ramo de agricultura é a falta de máquinas de lavoura, para preparação dos campos de cultivo, de modo que os camponeses não produzam só para o auto-sustento. Até agora continuam a trabalhar com instrumentos
rudimentares (enxadas e catanas) ”, frisou.

 


Mateus Pedro afirmou,  por outro, que estão também a mobilizar os camponeses para se organizarem em associações com vista a progredir para cooperativa de produção agrícola.

 

A comuna da Aldeia Viçosa, 65 quilómetros a sul da cidade do Uige, é composta por cinco regedorias, 20 povoações e com uma população estimada em nove mil 72 habitantes maioritariamente camponesa que produz mandioca, amendoim, milho, batata-doce, banana e diversas hortícolas.

 

ANGOP

publicado por Quimbanze às 22:22

link do post | comentar | favorito
Quinta-feira, 10 de Junho de 2010

Quitexe - Reabilitação de edifícios na ordem do dia

A administração municipal de Quitexe está apostada na recuperação de infra-estruturas sociais e económicas da sede do município e das comunas, com vista a garantir uma maior qualidade no funcionamento do executivo local e a melhorar a imagem arquitectónica das vilas.
A administradora municipal, Maria Fernando Cavungo, disse ao Jornal de Angola que, no âmbito dos investimentos locais, o seu pelouro está empenhado na reabilitação de escolas, residências e edifícios onde funcionam algumas dependências da administração municipal e das administrações comunais de Cambamba, Aldeia Viçosa e Vista Alegre.
“Estamos a recuperar as infra-estruturas que foram destruídas durante o conflito armado para melhorarmos a imagem das vilas, garantir melhor comodidade aos funcionários nos locais de serviço e dar resposta ao anseios da população, transformando desta forma o município num verdadeiro estaleiro de obras”, disse.
Maria Cavungo avançou que os projectos, integrados no Programa de Intervenção Municipal (PIM) para o município de Quitexe, para o presente ano, estão direccionados para a reabilitação e construção de mais infra-estruturas escolares, residências para os administradores comunais e seus adjuntos, sistema de abastecimento de água e reabilitação das vias de acesso às comunas e aldeias.
“Está elaborado um programa integrado e extensivo para o município. Pretendemos melhorar as condições de vida da população, através da construção de mais infra-estruturas e na recuperação das estradas que ligam a sede municipal às comunas e aldeias”, referiu.
 A administradora Maria Cavungo reafirmou a necessidade de se reabilitar a estrada que dá acesso à comuna de Cambamba, com a máxima urgência possível, tendo em conta que a mesma apresenta um elevado nível de degradação, dificultando a circulação da população e o processo de escoamento dos produtos cultivados na localidade.

 

Jornal de Angola - António Capitão |Quitexe - 08 de Junho, 2010

publicado por Quimbanze às 08:52

link do post | comentar | favorito

Chão de Kanâmbua – Tomás Lima Coelho - Chiado Editora - 2010

 

 

Dominando com mestria as palavras e a escrita Tomás Lima Coelho construiu um notável romance histórico vivido em terras malanjinas na segunda metade do Século XIX. Associando personalidades e factos históricos com personagens e vivências ficcionadas, mas bem enquadradas e ancoradas em relatos, documentos e muita investigação histórica, Tomás leva-nos ao encontro do período da história de Angola em que a correlação de forças nesta zona e, portanto, da guerra de ocupação foi pendendo para o lado português. As primeiras tentativas de colonização com recurso a degredados e as sucessivas guerras, foram conduzindo a uma dominação cada vez mais permanente do exército colonial.

 

Em torno de Manuel Justino, degredado chegado a Angola em 1860, e logo enviado como soldado para o presídio de Malanje são tecidas diversas histórias, dramas, guerras e conflitos, mas, também, amizades e, raramente, alguma solidariedade envolvendo colonizadores e colonizados. Com ele se vão cruzando o Coronel Henrique de Carvalho, os exploradores Ivens e Capelo, o degredado Zé do Telhado e muitas outras figuras, portuguesas e angolanas que a história de Malanje irá referenciar. E é, também, questionada a versão oficial da história que promove aqueles que por obras vis e mesquinhas “se vão de lei da morte libertando”, ofuscando os Homens (com H maiúsculo) que contribuíram, de facto, para o bom relacionamento entre os povos.

 

Uma obra a não perder, cuja sessão de lançamento está marcada para o dia 19 de Junho, sábado, pelas 16 horas, na Livraria Les Enfants Térribles que se situa no Cinema King, junto ao Teatro Maria Matos, em Lisboa.

Para aqueles que não puderem comparecer e que queiram adquirir o livro, podem fazê-lo contactando o autor, por telemóvel (964070576) ou mail (tomaslimacoelho@hotmail.com), para combinar a entrega.

 

Tomás Daniel Gavino Lima Coelho nasceu em Mossâmedes (hoje Namibe) em 5 de Outubro de 1952. É o mais velho de 5 irmãos todos naturais de Angola. O pai, Ápio de Andrade Coelho, nascido no Lobito, filho de um português que arribou a Angola em 1890, descendia, pelo lado materno de uma família Angolana originária de Ambriz. A Mãe, Maria lúcia Gavino, pertencia a uma família muito conhecida em terras do sul. Sendo o pai funcionário da Fazenda Nacional e, por isso, sujeito a transferências sucessivas, percorreu desse modo grande parte do território angolano, residindo em Malange em 1975. Nesta data viaja para Portugal com toda a família, fugindo à guerra.

Sobre as suas origens naturais e afectivas, gosta de se definir com as palavras do poeta: "No Namibe vi a primeira luz do dia, mas foi em Malange que nasci".

 

 

publicado por Quimbanze às 08:13

link do post | comentar | favorito

.OUTRAS PÁGINAS

.posts recentes

. Novo Plano Urbanístico do...

. Rui Rei 1955 - 2018

. Batalhão de Caçadores 3 e...

. Município de Quitexe nece...

. O Nosso Bondoso Director

. Associação da União dos N...

. Governador do Uíge emposs...

. Plano Urbanístico do Quit...

. Fotografias do Quitexe - ...

. 15 de Março - "Perderam-n...

.arquivos

. Abril 2018

. Março 2018

. Junho 2017

. Outubro 2016

. Setembro 2016

. Agosto 2015

. Julho 2015

. Novembro 2014

. Março 2014

. Janeiro 2014

. Setembro 2013

. Agosto 2013

. Julho 2013

. Junho 2013

. Maio 2013

. Abril 2013

. Março 2013

. Janeiro 2013

. Setembro 2012

. Julho 2012

. Junho 2012

. Maio 2012

. Abril 2012

. Março 2012

. Fevereiro 2012

. Janeiro 2012

. Novembro 2011

. Outubro 2011

. Setembro 2011

. Agosto 2011

. Julho 2011

. Junho 2011

. Maio 2011

. Abril 2011

. Fevereiro 2011

. Janeiro 2011

. Dezembro 2010

. Novembro 2010

. Outubro 2010

. Setembro 2010

. Julho 2010

. Junho 2010

. Maio 2010

. Abril 2010

. Março 2010

. Fevereiro 2010

. Janeiro 2010

. Dezembro 2009

. Novembro 2009

. Outubro 2009

. Setembro 2009

. Agosto 2009

. Julho 2009

. Junho 2009

. Maio 2009

. Abril 2009

. Março 2009

. Fevereiro 2009

. Janeiro 2009

. Dezembro 2008

. Novembro 2008

. Outubro 2008

. Setembro 2008

. Agosto 2008

. Julho 2008

. Junho 2008

. Maio 2008

. Abril 2008

. Março 2008

. Fevereiro 2008

. Janeiro 2008

. Dezembro 2007

. Novembro 2007

. Outubro 2007

. Setembro 2007

. Agosto 2007

. Julho 2007

. Junho 2007

. Maio 2007

.mais sobre mim

.Abril 2018

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30

.pesquisar

 

.subscrever feeds

Em destaque no SAPO Blogs
pub