Domingo, 25 de Abril de 2010

Pedro Francisco Massano de Amorim - Marquez do Lavradio

 

 

 

Marquês do Lavradio - “Pedro Francisco Massano de Amorim”, Colecção Pelo Império n.º 73, Agência Geral das Colónias, 1941

 

Neste pequeno livro, o Marquês do Lavradio traça o perfil e o percurso de Pedro Francisco Massano de Amorim que durante mais de 30 anos exerceu a sua actividade nas colónias portuguesas. Desde 1896, quando desembarcou pela primeira vez em Moçambique, até Maio de 1929, quando morre na Índia, como  Governador Geral, passando várias vezes por Angola, ora em comissões administrativas, ora em missões militares, o seu nome ficará ligado à história da ocupação de Angola e Moçambique.

A sua importância para o Quitexe advem do facto de ter sido no seu governo geral que foi fundado o posto militar do Quitexe pelo Major Djalme de Azevedo e tê-lo deixado atestado em relatório.

 

Ler mais em O QUITEXE NA LITERATURA

 

publicado por Quimbanze às 21:52

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Sábado, 24 de Abril de 2010

APONTAMENTOS PARA A HISTÓRIA DO QUITEXE IV - FUNDAÇÃO DO POSTO MILITAR DO QUITEXE

 

Coordenação: João Matos Garcia

 

Colaboração: Arlindo de Sousa  

                    João Cabral

 

 

A data da fundação do Quitexe como posto militar ainda está envolta em controvérsia, embora a data mais provável seja Março de 1917, como veremos.

 

 Depois das campanhas de João de Almeida, em 1907 contra os Dembos (aqui com significado das populações da região administrativa, compreendida entre o curso médio do Dange ou Dande, a norte, e o rio Bengo a sul) julgava-se a zona pacificada. Nada mais erróneo. A debilidade do dispositivo militar português e a tentativa de cobrança do imposto de palhota ia fazendo estalar revoltas dos que se tinham submetido uns anos antes, aliando-se, agora, aos que mantinham a sua independência. Durante vários anos os Dembos mantiveram-se fora do controle das autoridades portuguesas: os impostos não eram cobrados e os fortins eram impotentes. No entanto foi desenvolvido um lento processo de envolvimento militar e administrativo da região, apertando-se o cerco a norte e leste. Para isso muito contribuiu o governador do distrito de Quanza Norte (major de artilharia Alfredo Djalme Martins de Azevedo). Neste distrito ao qual estavam ligados os Dembos (incluindo os do norte do rio Dange, que noutros tempos tinham estado dependentes de S. José do Encoge) um destacamento militar que partira de Camabatela (fundada em 1915) instalou em 1915 (segundo Hélio Felgas – “História do Congo Português” – Carmona, 1958) ou, mais provavelmente, em Março de 1917 (segundo Marquês do Lavradio - “Pedro Francisco Massano de Amorim”, Pelo Império n.º 73, Agência Geral das Colónias, 1941), os postos militares de Quisseque e de Quitexe e criou a capitania-mor do Ambuíla. Dirigiu-se depois para S.José do Encoge pelo leste. ( Texto redigido a partir de Pélissier, René - História das Campanhas de Angola, Editorial Estampa)

 

 

Em relatório datado de 13 de Abril de 1917 e publicado no livro de Marquês do Lavradio, Massamo de Amorim, que fora nomeado Governador Geral de Angola em 29 de Janeiro de 1916, dá-nos conta da situação da colónia nos seguintes termos:

 

 “Os trabalhos de ocupação, nos últimos 10 meses, pelos Governadores dos Distritos, com o pessoal sob as suas ordens, minguado em número, mas cheio de dedicações, boa vontade e energia, determinou (…) a conquista de territórios que já agora podemos considerar, com verdade, subordinados à nossa autoridade. Diremos em resumo a este respeito:

(…) No Cuanza o Governador Djalme de Azevedo, com uma persistência grande, apenas comparável à sua serenidade, consegue em trabalhos sucessivos de duas colunas, que organizou no grande e pequeno Cacimbo e acompanhou, romper primeiramente o território que lhe ficava entre Lucala e o Ambuíla chegando até ao Encoge, deixando à retaguarda o posto de Quissaque (17 de Março de 1917) e depois, numa segunda fase das operações militares, montar o posto de Quiteche e internar-se já a Norte e a Sul em território dos Dembos (…)”.

 

O posto militar fundado nas terras do dembo Quitexe e adoptando o seu nome, foi estabelecido num “plateau” a 750m de altitude, rodeado de serras e às portas da região dos Dembos e veio dar origem à povoação e vila do Quitexe.

 

  

Estilo de casas da fundação do Uíge (o posto militar do Uíge foi fundado alguns meses depois do posto do Quitexe)

 

  

A autoridade portuguesa só seria estabelecida nos Dembos em 1919.

 

Nota Final

 

“As operações nos Dembos não ficaram pelas de 1913. Anos depois, nova coluna invadiu a região e, de então para cá, se pode considerar completa a sua vassalagem, não sem que por ela tenha corrido um caudal de sangue. Necessário? Não necessário? A História o dirá. Por enquanto é cedo de mais para fazê-la. As ossadas dos que tombaram, andam por lá, ainda, à flor da terra, e o tempo não apagou, ainda, os vestígios e os trágicos efeitos da luta.”

 

 

Esta nota escrita por Manuel Resende no livro “A ocupação do Dembos 1615-1913” é bem premonitória dos trágicos acontecimentos de 1961 e da guerra que se seguiu. Depois prolongou-se, numa guerra fratricida entre os movimentos de libertação até ao século XXI. É caso para dizer que, passados quase 100 anos, “as ossadas dos que tombaram, andam por lá, ainda, à flor da terra”.

publicado por Quimbanze às 08:48

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Terça-feira, 20 de Abril de 2010

PAV imuniza mais quatro mil pessoas contra diversas doenças no Quitexe

Quatro mil e 716 pessoas, entre crianças e adultos, foram imunizadas de Janeiro a Março do corrente ano, na secção municipal do Programa Alargado de Vacinação (PAV) no Quitexe, província do Uíge.

 
Em declarações hoje à Angop, o chefe da repartição municipal da Saúde do Quitexe, Kuavita Gabriel Garcia Bomba, informou que deste número de pessoas 375 são crianças menores de cinco anos de idade que beneficiaram de vacina BCG, outros mil e 528 foram vacinados contra poliomielite, 662 contra sarampo e mil e 900 receberam a vacina pentevalente.
 
De igual modo, disse Kuavita Gabriel, 412 crianças receberam a vitamina A, 310 mulheres em estado de gestação foram vacinadas contra o tétano e 400 outras em idade fértil receberam igualmente a mesma dose.
 

O técnico revelou que o município do Quitexe funciona com 40 enfermeiros distribuídos nas três comunas e algumas regedorias que compõem o município, considerando o número como insuficiente para atender a demanda dos pacientes que afluem as unidades sanitárias.

ANGOP

publicado por Quimbanze às 22:17

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Domingo, 18 de Abril de 2010

Fotografias do Quitexe

O nosso amigo José Oliveira -César colocou no seu blogue CESAR QUITEXE B/CAV. 1917 magníficas fotografias do Quitexe nos anos 1973/74.

 

A não perder aqui

publicado por Quimbanze às 08:37

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APONTAMENTOS PARA A HISTÓRIA DO QUITEXE III - S. JOSÉ DO ENCOGE

Coordenação: João Matos Garcia

 

Colaboração: Arlindo de Sousa  

                    João Cabral    

 

 

 

 

Estabelecido pelo governador capitão general da província de Angola, António de Vasconcelos, os Portugueses ergueram em 1759 um forte de pedra, destinado a impedir o contrabando estrangeiro através da costa norte do Congo, do Ambriz e do Mossul.

 

Antonio de Vasconcellos saltou em terra na noite de 4 de Outubro de 1758, e tomou posse em 14 do dito mez, governando cinco annos, sete mezes, e vinte e hum dias. No primeiro conquistou a celebrada pedra de Encoge situada entre os dous poderozos dembos Ambuilla, e Ambuella, sem que algum delles disputasse a posse, e formando-se o novo prezidio se lhe deu o nome de S. Jozé do Encoge. Foi cabo desta expedição Francisco Manoel de Lira tenente de granadeiros, que lhe deo a primeira forma. He a tal pedra huma prodigioza obra da natureza, e dentro do seu recinto pode receber hum grande exercito. He também útil a sua posse ao nosso commercio pelo concurso e frequência das nações circunvizinhas, sebem o clima he o mais enfermo de todo este sertão.

Na província de Embaça avasallou aos dous potentados Molundo, e Quiangalla. Na de Encoge o dembo Quitexe.”

(" Catalogo dos governadores do Reino de Angola. Com huma previa noticia do principio da sua conquista, e do que nella obrarão os governadores dignos de memória."- Academia Real das Ciências 1826).

 

Como é referido, os dembos que ali exerciam maior influência, eram o Ambuíla e o Amboela; O dembo Ambuíla revoltou-se contra os portugueses e foi batido em 1765. Passado um quarto de século, isto é, em 1791 foram derrotados os Dembos Dambi-Angonga e Quitexi-Cambambi que passaram a prestar vassalagem ao rei de Portugal.

 

 

Pormenor de mapa com a indicação do Dembo Ambuíla e Dambi-Angonga

 

Completamente isolado atrás de uma barreira rochosa (Pedras do Encoge), o forte, de forma quadrada, com quatro baluartes pequenos, nos ângulos, era feito de pedra solta e ainda se encontrava em sofrível estado no fim do século XIX, ao contrário das restantes construções (residência do chefe, arrecadação, paiol, casa do guarda, etc.) que estavam em total ruína, incluindo as peças de artilharia, todas elas incapazes de fazerem um único tiro.

 

 

Nesta data a igreja, de pedra e cal, mas com tecto de palha ainda conservava as imagens de S. José e de Santo António.

 

 

Inicialmente protegida por uma centena de soldados que faziam uma ligação trimestral a Luanda, contava com um branco e 27 mestiços. Só que depois, talvez em consequência do marasmo do país provocado pelas Invasões Francesas primeiro, pela guerra civil mais tarde (a seguir à Revolução de 1820) e por outros momentos de grande instabilidade e crise nacional, entrou em profunda decadência. Depois de 1853 este forte não representava mais que um elemento simbólico da presença portuguesa.

 

Segundo Alfredo Sarmento (“Os sertões d'Africa (apontamentos de viagem)” publicado em 1880, F.A. da Silva, Lisboa) a fortaleza era “guarnecida por catorze soldados pretos, armados de espingardas de fuzil cheias de ferrugem e, pela maior parte quebradas”. Mas a decadência continuou a ponto de em 1907, João de Almeida (1873-1953), ao reconhecer a zona, da grandeza passada ter ali encontrado somente ruínas “e três soldados de segunda linha acocorados em volta de uma fogueira.” (DEMBOS pelo capitão Henrique Galvão, Lisboa, 1935, pág. 31).

Os únicos méritos da fortaleza eram, por um lado, o facto de ela se situar muito acima do paralelo 8º Sul, o qual concretiza a presença portuguesa numa zona que os ingleses pretendiam ser resnullius ; e, por outro lado, o facto de ela ser um posto avançado no caminho do Reino do Congo. De facto, os caminhos para o Encoge só eram transitáveis a Oeste (11 a 12 dias de Luanda) quando os Dembos ditos “vassalos” se não opunham à passagem.

 

 

Mapa de Angola – 1870 (observar a divisão administrativa – “Districtos” de Engoge, Colungo Alto, Ambaca, etc – se substituirmos o termo distrito por concelho teremos sensivelmente a divisão administrativa existente em 1894 como veremos mais à frente)

 

 

 No fim do século XIX eram estes os dembos ou régulos “avassalados”, todos com nomes portugueses:

 

- Dembo Ambuíla, D. Álvaro Afonso Gonçalves. Nas terras da sua jurisdição contava para mais de 200 sanzalas e podia por em armas cerca de 10 000 homens. Pagou sempre dízimos de 500 fogos (dois escravos), apesar de nunca ter consentido que se fizesse o seu arrolamento.

 

- Dembo Nambuangongo, D. Mateus Ribeiro Afonso da Silva, equiparado em importância e poder ao anterior e parente do famoso Marquez do Mossulo, também aceitava pagar dois escravos como dízimo de 500 fogos.

 

- Dembo Quitexe, D. Francisco Joaquim de Oliveira, que pagava dízimo de 300 fogos e que, ao que consta, era pouco amigo dos Portugueses.

 

- Dembo Dambi Angola, D. Paulo dos Santos de Carvalho, um dos mais fieis aliados do Dembo Ambuíla.

 

- Dembo  Cabonda Cacuhi, D. Francisco Sebastião Afonso da Silva.

 

- Dembo Muene Dando, D. Francisco Manuel, um dos que mais prestava serviço do presídio.

 

- Dembos Ambuelas, D. João e D. Manuel Afonso da Silva, Quicuengo, D. Manuel Silvestre; Canga Bendo, D. João Paulo; Muene Coxi, D. Sebastião Afonso da Silva; Quiadembe, D. Francisco de Sousa; Muene Lumba, D. Agostinho João; Maungo Mabuigi, D. Álvaro de Oliveira.

 

 

Os dembos não avassalados conservavam os nomes gentílicos, e estavam em hostilidade permanente com os portugueses, atacavam as caravanas e os dembos vassalos e eram, entre muitos outros:

Muaingi-agulongo, Pumba Sahi, Muene Huengo, Muene Cananga, Muene Quingimba, Congo-apaca, Muene Vungo, etc.

Todos estes dembos, os ditos avassalados e os independentes, podiam por em armas, de um momento para o outro, perto de cem mil homens aguerridos.

 

Verificamos, assim que na zona do actual Quitexe, os dembos (Quitexe, Dambi Angola, Ambuíla) eram considerados, desde há muito vassalos de Portugal, mas, muitas das vezes, mais por ausência de real autoridade portuguesa do que por verdadeira submissão.

publicado por Quimbanze às 08:05

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Quarta-feira, 14 de Abril de 2010

Comunas do Quitexe com ajuda alimentar

A alegria estampada no rosto de Luís Alexandre Joaquim, um menino de sete anos, era contagiante. O pequeno Luís recebeu, domingo último, da Associação de Jovens Angolanos Provenientes da República da Zâmbia (AJAPRZ), material didáctico e uma pasta escolar muito bonita. Quem também saltou de alegria foi a pequena Mingota, que beneficiou igualmente de material didáctico e uma pasta escolar de cor preta e azul.

 

Momento em que o governador provincial e o presidente da AJAPRZ faziam a distribuição do donativo composto por bens alimentares, industriais e material didáctico 

Fotografia: Eunice Suzana

 


 “Estamos muito alegres. Agora já não vamos mais levar os cadernos nas mãos”, disse Juliana André, aluna matriculada na escola primária da comuna de Cambamba, localidade que dista a cerca de 88 quilómetros da sede municipal do Quitexe.

 

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 José Bule - Jornal de Angola

publicado por Quimbanze às 19:14

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Terça-feira, 13 de Abril de 2010

Administrador augura melhorias de condições de vida da população do Cambamba

 

O administrador comunal do Cambamba, no município do Quitexe, cerca de 127 quilómetros a sul da cidade do Uíge, manifestou hoje, terça-feira, nesta cidade, a sua confiança pelo governo para a melhoria de condições sociais à população.

 

Cambamba

 


Em declarações à Angop, o administrador disse que o Governo está a trabalhar para que haja mudança no quadro das condições sociais da população, tendo iniciado com a reabilitação da estrada que liga a sede da comuna com Vista Alegre, num percurso de 25 quilómetros, depois de muito tempo condicionar o desenvolvimento da comuna.

 


Tiago Nunes deplorou ainda a inexistência de estabelecimento escolar em qualquer das povoações da comuna, adiantando ser necessária  a construção de quatro escolas nas povoações de Mufuque, Cassule, Culucumbe e  sede da comuna, adiantando que a situação de saúde não se difere com a de educação.

 

 

 Morro da Cambamba

publicado por Quimbanze às 23:13

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Segunda-feira, 12 de Abril de 2010

lançada a primeira pedra para a construção de residências

Foi lançada a primeira pedra para a construção de residências destinadas aos antigos combatentes, veteranos de guerra e viúvas, no município do Quitexe, província do Uíge, pela ministra da Família e Promoção da Mulher, Genoveva da Conceição Lino.
 

Genoveva Lino disse, no acto de lançamento de pedra, quarta (07), que a acção se enquadra no "Projecto Kussanguluka", implementado em parceria com o Consórcio Comandante Loy, que prevê a construção de três mil 800 casas na província do Uíge para este grupo alvo.

"A implementação deste projecto vai melhorar, de forma significativa, a vida das famílias beneficiárias", assegurou, acrescentando que é intenção do governo trabalhar para o bem-estar da população.

Para o presidente do Consórcio Comandante Loy, Domingos Barros, o projecto inclui, numa primeira fase, a construção de casas do tipo T2, T3 e T4, em três municípios da província. Na segunda fase vai abranger os outros 16 municípios que compõem a província.

Domingos Barros, que considerou ser inoportuno revelar o orçamento global do projecto, referiu que o mesmo vai comportar também áreas para a realização de actividades agrícolas e outras por parte do grupo alvo.

publicado por Quimbanze às 23:02

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Governador constata dificuldades da população do Cambamba

 

 Angop
O governador provincial do Uíge, Paulo Pombolo
O governador provincial do Uíge, Paulo Pombolo
 

Uíge - O governador provincial do Uíge, Paulo Pombolo, deslocou-se hoje, domingo, à comuna de Cambamba, município do Quitexe, a 127 quilómetros a sul da cidade do Uíge, para constatar a realidade acerca da vida socioeconómica da população.

 
Falando durante o acto político assistido por centenas de pessoas, na sede da comuna do Kambamba, Paulo Pombolo disse ter-se deslocado aquela comuna em resposta a um convite feito há 4 de Abril por um grupo de velhos e o administrador comunal.
 
"Viemos aqui para junto com a administração local discutirmos e encontrarmos as possíveis vias para equacionarmos os problemas que afligem a população, mas também enaltecer o empenho do Presidente da República que muito tem feito para que os nossos problemas encontrem soluções.
 
Adiantou sentir-se comovido face aos problemas que lhe foram apresentados por um grupo de velhos da comuna, tendo procurado convidar a AJAPRZ, o que se concretizou uma semana depois, agradecendo a organização e o Presidente da República a este propósito.
 
Depois de esclarecer a população do Cambamba a tarefa da AJAPRZ, adiantando ser um grupo de jovens angolanos que assumiu o compromisso de ajudar a população, tendo pedido a outras organizações a seguirem o mesmo exemplo.
 

Enquanto isto, o presidente da AJAPRZ, Bento Raimundo, apelou à população a acreditar num futuro melhor, já que os momentos difíceis que o país atravessou constitui coisa do passado. Adiantando ter sido comovido ao ouvir que a única escola da comuna foi construída por um filho desta comuna.

ANGOP

publicado por Quimbanze às 22:58

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Sábado, 10 de Abril de 2010

Jogo de futebol Quitexe / Uíge

VITÓRIA !!!!!!!!

 

A selecção do Quitexe recebeu e bateu por 1-0 a equipe do Uige no dia 4 de Abril. O Jogo teve lugar no Campo do Quitexe e inseriu-se nas comemorações do dia da Paz.

A reportagem na TPA:

 

 

publicado por Quimbanze às 15:10

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António Guerra - A minha infância no Quitexe

Como neste blogue as  intervenções dos nossos colaboradores vão sendo relegadas para segundo plano com a introdução de novos “posts” resolvi criar um novo blogue apenas com as  magnifícas participações de António Manuel Guerra, com vista a dar-lhe maior relevo. Chama-se “A minha infância no Quitexe”e caracteriza bem a sua vivência, livre e feliz, nos tempos da meninice no Quitexe, até ao eclodir da guerra em 15 de Março de 1961. O blogue está referenciado no lado esquerdo em "Mais Páginas" e também pode ser acedido aqui

publicado por Quimbanze às 10:03

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Quarta-feira, 7 de Abril de 2010

Edifício da Administração Municipal do Quitexe reabilitado

A administradora municipal de Dange-Quitexe, Maria Fernando Cavungo, e o seu executivo funcionam desde o dia 4 em novas instalações. No âmbito do programa de descentralização financeira do governo, a administração municipal, através do Fundo de Gestão Municipal, reabilitou, ampliou e apetrechou o antigo edifício destruído durante o conflito armado. Depois de inaugurar o novo edifício, Paulo Pombolo, governador provincial do Uíge, fez a entrega de duas residências para a administradora municipal e seu adjunto.

 

Enquanto não recebemos fotografias dos edifícios renovados publicamos as fotos do edifício da administração no tempo colonial (1962) e do mesmo edifício (2004) destruido pela guerra civil


Foto de Arlindo de SousaFoto de Ivo Bije

 

COMENTÁRIO

 

É com muita alegria que tomo conhecimento de que o edifício da antiga Administração do Concelho do Dange no Quitexe foi restaurado. Tendo, segundo julgo, sido construído na década de 1920, a sua edificação na altura inseriu-se num amplo objectivo de instalar condignamente os serviços públicos administrativos. O edifício, apesar de sóbrio, possuía uma volumetria muito harmoniosa e era bastante confortável. Penso que posso afirmar que a maioria dos funcionários administrativos, que passaram pelo Quitexe, apenas trabalhou no referido edifício. Eu talvez tenha sido um dos poucos que tiveram a feliz sorte de nele trabalhar e episodicamente dormir. Como, por gentileza do Sr. João Garcia, refiro na minha colaboração de 29Out09 intitulada “As Telecomunicações do Quitexe em 1961/63 - 2ª parte por Arlindo de Sousa”, quando em 1963 foi instalado o primeiro posto público de telefone no Quitexe, o respectivo terminal foi colocado na Administração. Assim sendo, como o serviço telefónico era assegurado dia e noite, durante algum tempo, eu próprio pernoitei na Administração para assegurar o dito serviço. Parabéns pois à vila do Quitexe e à sua Administração Municipal por mais este factor de progresso. É um sinal de que o desenvolvimento de Angola continua em marcha. E já agora um pedido: a senhora administradora municipal ou o seu adjunto não nos querem mandar uma foto do edifício da administração devidamente reabilitado para ser publicada aqui no nosso blogue dedicado ao Quitexe que, como se diz no subtítulo, é um “Espaço aberto para a divulgação de dados históricos, demográficos, sociológicos e etnográficos desta vila angolana, sede do município do Dange, província do Uíge”, que todos tanto amamos?

 

Arlindo de Sousa

publicado por Quimbanze às 22:25

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Casas no Quitexe para combatentes

Antigos combatentes, viúvas e comunidades desfavorecidas vão receber casas, a serem construídas na vila do Quitexe, através do Projecto Kussanguluka. A ministra da Família e Promoção da Mulher, Genoveva Lino, está, desde ontem, na província, para uma visita de três dias, para o lançamento do projecto, que contempla, na primeira fase, a construção de três mil casas. 

 

Ler mais em Quitexe - Notícias

 

publicado por Quimbanze às 22:00

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Segunda-feira, 5 de Abril de 2010

Governador do Uíge inaugura Administração Municipal do Quitexe

 

O governador da província do Uíge, Paulo Pombolo (na foto), disse durante o acto central provincial sobre o 4 de Abril,realizado no Quitexe, que os filhos e quadros da província devem contribuir de forma unida para o desenvolvimento da região.Segundo Pombolo, a grande preocupação neste momento, é encarar o futuro com esperança e optimismo.  

“Cada um de nós deve contribuir com as suas capacidades para desenvolvermos a nossa terra, pondo de lado as fofocas e conflitos”, apelou Paulo Pombolo. “Devemos neste momento olhar naquilo que a província precisa. Este é o objectivo fundamental”, apresentou.

  

O governante que falava durante o acto que marcou as celebrações do dia da paz, assinalado domingo, afirmou que a paz não significa apenas o calar das armas, a paz convida a todos os angolanos a viverem em harmonia, na cultura do amor ao próximo, porquanto ela (paz) constitui um sentimento de responsabilidade e de partilha de experiências.

 

 

Para destacar os ganhos da paz, o governante frisou em pouco tempo de paz o país está vindo a alcançar vitorias importantes em vários domínios da vida, adiantando que para o caso especifico da província do Uíge, em pouco tempo da paz foram construídas mais de 200 escolas, vários centros médicos e hospitais, a província ganhou uma instituição superior "Universidade Kimpa Vita".

Durante o acto do dia celebrado sob o lema "Angola-Paz, Democracia e Boa governação", foram lidas mensagem da administradora local, Conselho da Juventude e da Família e promoção, tendo reflectidos os ganhos da paz para os angolanos.

 

O governador da província  procedeu, também, à entrega de 20 cabeças de gado caprino e 10 de bovino aos camponeses agrupados em duas associações desta localidade.

 

Falando durante o acto de entrega, Paulo Pombolo anunciou que o programa do governo, neste domínio, visa contemplar cerca de 100 cooperativas e associações de camponeses e desenvolver a criação do gado no Quitexe.

 

 O programa da celebração do oitavo aniversario da paz em Angola, terminou com a inauguração de residência para administrador adjunto, palácio provisório, administração municipal e visitas a vários empreendimentos do município do Dange Quitexe.

publicado por Quimbanze às 22:03

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Sábado, 3 de Abril de 2010

APONTAMENTOS PARA A HISTÓRIA DO QUITEXE II - ORIGENS

 

Coordenação: João Matos Garcia

 

Colaboração: Arlindo de Sousa  

                    João Cabral                            

 

 

ORIGENS

 

A ocupação humana no norte de Angola é o resultado de sucessivas migrações, algumas realizadas em épocas recentes. Os povos aqui residentes fizeram parte do grupo Banto que, vindo dos Grandes Lagos, chegou ao Atlântico rodeando o Zaire pela sua margem direita. Outros ramos migratórios vieram juntar-se-lhes, subindo os vales dos afluentes Luabala, Cassai, Cuango, etc. A zona do Quitexe constituiria uma região de cruzamento de migrações e é maioritariamente habitada por povos Bahungos e N’Golas.

 

 In Nunes, António Lopes Pires – Angola 61 Da Baixa do Cassange a Nambuangongo, Prefácio 2005

 

 

MAHUNGOS

 

Os mahungos (do sub-grupo etnolinguístico quimbundo) estabeleceram-se nesta área empurrados do norte pelos bassorongos e baxicongos (do sub-grupo Quicongo) quando estes atravessaram o rio Zaire e começaram a espalhar-se na margem esquerda do rio, talvez no séc. XIV. Resistindo bem a esta pressão conseguiram manter-se durante muito tempo na parte sul do Bembe descendo, depois mais para sul. Constituindo-se em pequenos sobados, os seus chefes (sobas ou dembos) eram subordinados do Rei do Congo.

 

 

 

Aldeia mahunga na zona do Quitexe 1933/35 fotos – Elmano Cunha e Costa - Instituto de Investigação Científica Tropical

 

N’GOLAS

 

Os N´golas, residentes nesta área do Quitexe são apenas uma pequena franja deste grupo quimbundo maioritariamente localizado a sul do Dange onde estavam organizados no reino independente do Ndongo (ou Ngola).

Tendo o rio Cuanza como eixo orientador os N’golas ocupavam uma zona que ía do litoral até às regiões de Pungo Andongo e de Duque de Bragança. Há uma certa identificação dos n’golas aos gingas que, segundo alguns antropólogos, remonta ao tempo em que o sul do Reino do Congo foi invadido pelos gingas. No entanto certos autores (Hélio Felgas – As populações nativas do Norte de Angola, Lisboa 1965) mantêm a distinção considerando-as duas etnias diferenciadas.

O Reino do Ndongo formou-se no século XIV com migrações de povos do centro de África que se instalaram na Matamba. O chefe destes povos, Ngola a Nzinga avançou para o Cuanza e conquistou as terras quase até ao mar. O seu filho Ngola a Mbandi criou o Reino do Ndongo com a capital em Mbanza Kabassa. Este reino, até perto de 1563, pagava tributo ao Reino do Congo. Os portugueses entraram oficialmente em contacto com o reino em 1520, no reinado de Ngola Kiluanje, mas muito antes dessa época já havia relações entre os Ngolas e os comerciantes portugueses que estavam no Congo. Este reino manteve a sua independência até 1671, ano em que os portugueses venceram e mataram o rei Ari II em Mpungo a Ndongo (Pungo Andongo)

 

 

  

Carta dos três Reinos de Congo, Angola e Benguela com os países vizinhos (Dongo, Matamba, Kassanji) No fim da Guerra Civil, em 1834, as possessões portuguesas além-mar, eram como segue: Em Angola havia dois reinos, o de Angola que se estendia do rio Ambriz até ao Cuanza; e o reino de Benguela que ia do Cuanza ao Cabo Negro. No sentido leste/oeste não passaria das 100 léguas a influência portuguesa para o interior onde haveria cerca de 370 sobas subordinados à autoridade portuguesa.

 

 

 

Esta diferenciação étnica, entre N’golas e Hungos manteve-se, no Quitexe, até aos nossos dias vivendo as comunidades em povoações separadas, mas sem sinais de agressividade expressiva, também pelo facto de pertencerem, na sua maioria a uma igreja comum, a protestante.

A distribuição destas duas etnias, por sanzalas, era a seguinte (1961):

 

N’Gola – Ambuíla, Quimbinda, Luege, Taela, Cacuaco, e Dambi N’Gola;

 

Hungo – Quitoque, Quimassabi, Tala M’Banza, Cuale, Bumbe, Mungage, Catenda, Aldeia, Zenza Camuti, Quimulange, Cahunda, Tabi, Combo, Quimucanda e Catulo.

 

Refira-se que depois do início da guerra foram poucos os N’Golas que se “apresentaram” às autoridades portuguesas, mantendo-se nas matas ou, a maioria, refugiando-se no Congo.

 

                        Sanzalas e fazendas na área do posto administrativo do Quitexe - 1961 (João Nogueira Garcia) 

 

 

publicado por Quimbanze às 22:18

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Sexta-feira, 2 de Abril de 2010

APONTAMENTOS PARA A HISTÓRIA DO QUITEXE - INTRODUÇÃO

Coordenação: João Matos Garcia

 

Colaboração: Arlindo de Sousa  

                      João Cabral            

 

Introdução

 

A história do Quitexe, como acontece com todos os outros espaços lusófonos, insere-se num amplo processo histórico, com implicações à escala planetária. Tem a ver com a expansão ultramarina portuguesa iniciada em 1415 com a conquista de Ceuta no Norte de África.

É no decorrer da referida expansão que os portugueses nos finais do século XV, averbando já uma invejável lista de terras descobertas, chegam ao actual país designado por Angola.

A empresa da expansão marítima, hoje vista pelos historiadores como os caboucos da globalização, era justificada pelo espírito da missionação e expansão da fé católica, mas dominada pelas preocupações económicas e interesses materiais. Assentava, inicialmente, na fundação de feitorias, com a finalidade de estabelecer o comércio com os povos locais.

 

Dominado por esta preocupação, em 1482 Diogo Cão e seus companheiros sobem o rio Zaire, entram em contacto com o reino do Congo e no ano seguinte percorrem toda a costa angolana.

As navegações para sul, com vista à descoberta da passagem (depois apelidada de rota do Cabo da Boa Esperança) que em 1498 haveria de levar à Índia, continuaram. Mas entretanto os portugueses, certamente influenciados pelo bom acolhimento que lhes foi dispensado pelo reino do Congo (capital em M’Banza Congo), aportam também na hoje designada ilha de Luanda. Onde, sem tanto sucesso, contactam com “N’gola”, um soba vassalo do rei do Congo, cujo nome veio a denominar todo o território de Cabinda ao Cunene, hoje conhecido por Angola.

 

Um dos ramos comerciais que maior riqueza trazia à coroa portuguesa era a dos escravos. Até 1560 o comércio de escravos funcionara bem pelo Reino do Congo; mas, por esta altura, povos Jagas vindos do Leste invadiram este reino, obrigando o rei e os portugueses que viviam em M’Banza Congo a exilar-se numa ilha do rio Zaire. Esta reviravolta e a esperança de encontrar minas de prata e cobre, encorajou os portugueses a conquistarem um território onde pudessem ser senhores absolutos. Em 1571, o rei D. Sebastião passa a Paulo Dias de Novais a carta régia de doação da capitania de Angola, primeiro estatuto administrativo, político, económico e judicial de Angola, com poderes para “sujeitar e conquistar o reino de Angola” (Ndongo era, de facto, o nome do reino, sendo N’gola o título do seu rei). Paulo Dias de Novais, neto de Bartolomeu Dias conhecia bem este reino pois ali vivera prisioneiro 6 anos até  ser libertado em 1566.

 

Facilitadas ou dificultadas por muitos e variadíssimos acontecimentos, desânimos e euforias, muita guerra e pouca paz, em que de um lado e do outro se somam derrotas, ressentimentos, longas situações de marasmo, alianças, vitórias e até cruzamentos étnicos, M’Banza Congo (ex-São Salvador do Congo) e Luanda vêm a definir-se como pontos de partida de duas linhas de penetração colonizadora que só por meados do século XVII (cerca de duzentos anos depois de Diogo Cão chegar pela primeira vez ao Zaire) se vão encontrar em Encoje (São José de Encoje). Onde em 1759 é construída uma fortaleza que objectiva ser um dos nós da rede lusa de ocupação militar, política, económica e religiosa de que já faziam parte Massangano (1533), Muxima (1599), Cambambe (1604) e Ambaca (1614).

 

Mais tarde São José de Encoje, depois de muitas e variadas vicissitudes e por virtude do Decreto n.º 80 de Norton de Matos datado de 14 de Dezembro de 1921, perde o seu cunho militar e fornece o nome que designará a Circunscrição Civil de Encoje com sede no Quitexe.  

 

Angola - expansão portuguesa até 1870

 

Expansão colonial portuguesa em Angola até 1870 (W. G. L. Randles -De la traite à la colonisation : les Portugais en Angola-Annales. Économies, Sociétés, Civilisations, Année 1969, Volume 24, Numéro 2

                

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publicado por Quimbanze às 18:32

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