Uíge – Três mil e 501 animais de estimação, entre cães, gatos e macacos, foram vacinados contra raiva este mês no município do Uíge, capital da província com o mesmo nome, informou hoje (terça – feira) à Angop o responsável do departamento dos serviços de veterinária, Clemente Xavier.
O responsável disse que, dos três mil e 501 animais vacinados contra raiva, constam 3.381 cães, 97 gatos e 23 macacos.
Clemente Xavier informou que no primeiro trimestre do ano em curso foram vacinados outros três mil e 308 animais de estimação nos municípios do Negage, Uíge, Sanza Pombo, Songo e Quitexe.
O responsável realçou que os possuidores de animais de estimação procuram com frequência o posto fixo dos serviços de veterinária, na sede da província, devido as várias campanhas de sensibilização de luta contra raiva que se leva a cabo em distintas localidades.
Informou que 14 técnicos de serviços de veterinária estão envolvidos nesta campanha de vacina contra raiva na região.
Angop
Dia 25
Logo de manhã, no Liceu D. João III, em Coimbra já corre a notícia: houve um golpe das forças armadas!
O resto do dia é passado junto dos rádios.
A ansiedade é grande. O golpe das Caldas tinha falhado há pouco tempo.
8 horas, batem à porta.
O meu tio Adriano com uma garrafa de champanhe.
Há abraços e choros.
Vitória! Vitória! Já não volta para trás!
Era o dia pelo qual sempre se esperou e lutou naquela casa.
Dia 26
Assembleia nos Jardins da AAC
Manifestação na Praça da República, descendo a Avenida:
- O Povo Unido Jamais será Vencido!
- MFA! MFA!
-Morte à PIDE! Morte à PIDE!
Em frente da PSP as gargantas gritam mais alto :
É a emoção! Na véspera seríamos dispersos à cacetada, mas hoje, o povo é quem mais ordena!
A manifestação engrossa. Rua da Sofia, Fernão de Magalhães.
Na Portagem é já um mar de gente.
Canta-se o Hino.
E a Portuguesa ganha os acordes da liberdade!
Marchar, marchar, contra os canhões e contra a pide.
Cerca-se a sede da polícia criminosa.
Vão-se descobrindo os carros dos pides.
Alguns, com as listas dos que estavam para serem presos antes do 1º de Maio.
Só no dia seguinte sairão entre alas de soldados.
Era a Revolução.
Primeiro 1º de Maio em liberdade.
Na procissão da Rainha Santa rezava-se pelo regresso dos soldados.
João Garcia
Fotos de João Gordo (Jardim da AAC) e Fernando Marques (as restantes) publicadas no livro "Em Abril Um Quartel Depois" Edição da Câmara Municipal de Coimbra - 1999
Nós somos um movimento progressista.
Que este processo histórico não seja apenas para uma elite de políticos. Para uma elite de diplomatas. Mas seja um acto em que todo o povo participe.
É preciso que nas comissões de bairro, nas comissões do povo se estabeleçam as bases duma verdadeira democracia para todos.
Sem separação de raças, sem separação de classes sociais, sem determinarmos as condições religiosas ou políticas de cada um. Este é o nosso progressivismo!
Agostinho Neto
Publicamos hoje um texto (cedido por José Oliveira) de apresentação do Quitexe aos soldados do Batalhão de Cavalaria 1917. É um texto muito interessante, porque, retirando a retórica do "Angola é nossa" (outro discurso não seria de esperar), são apresentados dados muito exactos da história do Quitexe e outros, estatísticos, à revelia do discurso oficial. Embora desconhecendo a origem dos dados é curioso como se assume que metade da população indígina ainda se encontrava escondida nas matas ou emigrara para o Congo (esta percentagem será, concerteza, bem maior). Outro dado, já conhecido, é que o número de trabalhadores do Sul, conhecidos por Bailundos, suplantava a população local e o terceiro grupo, brancos e mestiços, não ultrapassava as seis centenas. Por outro lado reconhece-se que os povos desta região tinham atrás de si uma história de sublevação contra a autoridade portuguesa.
O QUITEXE
As fotografias que o António Guerra nos trouxe fizeram-nos recordar o Acácio Barreiros, esse miúdo franzino que aparece em muitas delas. Quem diria que este natural de Cabinda, que passou alguns dos anos da sua infância no Quitexe (enquanto o seu pai ali exerceu as funções de chefe de posto), viria a ser um intrépido e acutilante deputado da esquerda revolucionária (UDP)na Assembleia da República. Mais tarde, esfriados os ímpetos da juventude, foi novamente deputado, agora pelo PS, e membro do governo.
URL http://sinbad.ua.pt/cartazes/CT-ML-I-2107
Em jeito de homenagem aqui deixo um texto, adaptado do voto de pesar pela sua morte, em 2004, pela Assembleia da República e algumas fotos retiradas das do António Guerra e não só.
No dia 17 de Fevereiro de 2004 faleceu o Deputado Acácio Manuel de Frias Barreiros. Nasceu em Cabinda em 24 de Março de 1948, filho de Manuel da Silva e Lucília Barreiros
Acácio Barreiros, com 55 anos de idade, distinguiu-se, ao longo de toda a sua vida, por um empenhamento cívico e político, constante e apaixonado. Começou nos combates da juventude contra o regime ditatorial, que imperou na nossa pátria até 25 de Abril de 1974.
Acácio Barreiros foi, enquanto estudante universitário, aluno do Instituto Superior Técnico, dirigente associativo, participante activo e militante nas lutas da juventude estudantil contra o regime do Estado Novo. Tendo sido mesmo obrigado, num curto período que antecedeu a revolução democrática de Abril, a viver na clandestinidade.
Já em liberdade, Acácio Barreiros foi um destacado dirigente da UDP, sendo, durante alguns anos (76-78), o seu único representante eleito na Assembleia da República. Granjeou desde essa época uma popularidade assinalável pela sua combatividade e pelas suas qualidades, reconhecidas por amigos e adversários políticos, de tribuno e parlamentar. Posteriormente, já no Partido Socialista, voltou a ser eleito para o Parlamento (1983) onde, com alguns interregnos, se manteve até ao final da sua vida.
Foi também autarca, membro da Assembleia Municipal de Lisboa, candidato do PS à Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e vereador eleito durante um mandato. Depois autarca por Sintra, onde residia e onde faleceu, tendo sido presidente da respectiva Assembleia Municipal.
Membro do Governo, com o cargo de Secretario de Estado da Defesa do Consumidor no XIV Governo Constitucional.
Acácio Barreiros era um homem bom, fiel aos valores de esquerda, que eram os seus e em que acreditava, de carácter firme mas profundamente tolerante.
Travou ao longo dos últimos meses da sua vida um combate de grande coragem contra a doença que o afectava, mantendo até ao fim a sua combatividade politica, o seu bom humor, o seu sentido da tolerância. Merece, também por isso, o preito da nossa admiração, estima e respeito.
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