Luanda, 23/07 - Vinte e cinco milhões e 94 mil dólares foram empregues pelo Governo angolano, no período 2007/2008, na reabilitação e ampliação da rede de energia eléctrica da província do Uíge, revela um relatório do Gabinete Técnico de Gestão de Projectos para a província, a que a Angop teve hoje (quarta-feira) acesso em Luanda.
Segundo o documento, as acções consubstanciaram-se na instalação de grupos geradores de 650 e 100 KVA em 10 dos 16 municípios da província, assim como na recuperação da rede de distribuição de média tensão de Sanza Pombo.
No quadro do mesmo projcto, foram ainda reabilitadas as rede de distribuição de iluminação pública dos municípios do Uíge, Negage, Quimbele, Quitexe e Sanza Pombo, que incluiu o aproveitamento de energia solar.
O relatório acrescenta que a implementação destas empreitadas está inseridas nos 679 projectos de impacto social traçados para a província no período 2007/2008.
AngolaPress
De acordo com o director-geral do Instituto de Combate e Controlo das Tripanossomíases (ICCT), Josenando Teófilo, neste momento estão a trabalhar seis equipas móveis, desde o dia 09 de Junho, nas seis províncias endémicas Bengo, Kwanza Norte, Kwanza Sul, Malanje, Uíge e Zaire.
As equipas estão distribuídas da seguinte forma: No Bengo, município do Dande, Kwanza Norte (Cambambe-Dondo), Kwanza-Sul (Cabuta), Malange (Cacucuso-Kizenga), Uíge (Kitexe) e Zaire (Kuimba).
Do dia 09 até a presente data foram examinadas mais de oito mil pessoas, com 20 casos positivos.
Em 1974, as autoridades sanitárias tinham diagnosticados apenas três casos da doença, numa cobertura epidemiológica de 40 porcento.
Com o início da guerra em Angola, em 1975, as actividades de combate e controlo da doença foram praticamente suspensas, devido à destruição das infra-estruturas afins e a fuga de vários quadros para o exterior do país.
"A situação tornou-se tão grave e preocupante, porque, só em 1997, foram diagnosticados oito mil casos", sublinhou.
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Leonel Kassana - Jornal de Angola
A reabilitação das estradas nacionais, na província do Uíje, está dividida em cinco frentes. A primeira começa na localidade de Kifangondo, bem próxima de Luanda, cruza Caxito (Bengo), atinge a cidade do Uíje e termina no Negage, totalizando 371 quilómetros.
Trata-se de uma monumental obra de engenharia com um custo de cerca de 211 milhões e 684 mil dólares.
No território do Uíje, o trabalho começa no Rio Dange, fronteira com o Bengo e a 185 quilómetros da capital da província, numa empreitada adjudicada a CRBC, um consórcio chinês, que intervém noutras vias importantes da província.
O engenheiro Fernando Ribeiro, que é o director do Instituto Nacional de Estradas de Angola (INEA) no Uíje, diz que “os traba-lhos estão numa fase bastante adiantada”. Em substância, ele revela a colocação das primeira e segunda camadas nas estradas que já alcançaram nesta altura cerca de 85 por cento. E tudo isso quando ja é visível alguma intervenção nos pequenos trechos que dão acesso às pontes.
Tal é o caso do Rio Dange, onde, como pôde constatar a reportagem do JA, paralelamente à ponte metálica que garante, por ora, a passagem de todo o tráfego para o Uíje e vice-versa, técnicos chineses da empresa CRDC trabalham na construção de uma nova estrutura, definitiva, com 85 metros de comprimento, no que se espera venha a ser uma das mais bem conseguidas obras de arte no território do Uíje.
A travessia do Rio Dange inspira hoje alguns cuidados, quando não calafrios, tal a precariedade da ponte metálica, numa via onde o tráfego é, particularmente, intenso, com acidentes geralmente mortais, como se diz noutro espaço desta reportagem.
A elevada concentração de importantes meios técnicos na zona do Rio Dange parece justificar a importância que as autoridades atribuem a essa ponte tão vital para a ligação entre as cidades do Uíje e Luanda. “A conclusão desta obra vai permitir uma travessia mais segura”, garante Fernando Ribeiro.
Para além da ponte, ao longo deste trajecto, que vai até ao Negage, assiste-se à execução de muitas ou-tras obras, incluindo pontões e aquedutos. Aqui, o responsável do INEA é muito preciso: “O trabalho de reparação de pontecos e aquedutos já vai em cerca de 86 por cento e agora já se assiste ao escoamento das águas pluviais, antigamente retidas por causa da destruição das passagens hidráulicas”.
Aliás, quando o abordámos, Fernando Ribeiro preparava mais uma das muitas inspecções às obras na via: “É um trabalho de rotina, pois sempre que chove damos uma volta a toda a extensão das obras para verificarmos o escoamento das águas”.
Estradas na ordem no dia
O troço Uíje/Maquela do Zombo, com 250 quilómetros e tido como crucial para a economia da região do Uíje, está, igualmente, em reabilitação. A obra está orçada em mais de 156 milhões de dólares.
Por que razão é crucial? Fomos buscar a resposta ao parque de viaturas que se dirigem para aquela localidade, mais para Norte da província. Contámos: seis camiões, mais de 20 carrinhas, sete Land-Rover, vários Hiaces e outros veículos de transporte de pessoas e mercadorias. O trânsito automóvel naquela área começa a “tirar sono” às autoridades da Viação e Transito, tal é o número de acidentes, como nos disse uma fonte da Polícia.
Mayele Joaquim é comerciante. Diz que, agora com a reabilitação da via Uíje/Maquela do Zombo, o seu negócio volta a “correr bem”, pois ja não precisa de duas a três horas para alcançar aquela vila.
“Agora, se for com um motorista muito experiente, em cinco ou seis horas podemos chegar a Maquela”, acrescenta Mayele Joaquim, que vende cerveja, gasosa, vinho, pilhas secas, rádios, sandálias e outras bijuterias em Maquela do Zombo.
Mais eloquente é Josefina Futy, para quem “a livre circulação de pessoas e bens entre os vários municípios permite agora aos camponeses virem à cidade vender mandioca, banana e ginguba, levando de regresso bens indus-triais”.
Como estes dois comerciantes, muita gente tem hoje na reabilitaçao das estradas do Uíje um valor acrescentado, por permitir, sobretudo, um escoamento mais célere e seguro dos produtos do campo para a cidade e vice-versa, numa região de gente de largas tradições comerciais. Mesmo em tempos mais difíceis, sobretudo no pico da guerra, no Uíje os homens de negócios mantiveram sempre uma actividade particularmente dinâmica. E isso é confirmado com a existência de lojas, armazéns, restaurantes e mercados, quase sempre cheios na cidade do Uíje.
Os trabalhos na Estrada 140 - assim se chama a estrada nacional que liga o Uíje a Maquela do Zombo - embora ainda não tenham chegado à fase de asfaltagem, estão numa fase adiantada, como avança o engenheiro Fernando Ribeiro.
“O trabalho já executado neste troço já permite uma circulação fluída entre a capital da província e a vila de Maquela do Zombo. Hoje, podemos alcançar Maquela em três ou quatro horas, numa viagem que, no passado, consumia dois ou três dias”. Fernando Ribeiro considerou “heróis” os automobilistas que lograssem chegar a Maquela.
Mas, para quem queira alcançar Maquela do Zombo a partir da vila do Negage, está em reabilitação um outro troço, por 31 de Janeiro, com cento e quinze quilómetros, estendendo-se até ao cruzamento com a estrada do município da Damba.
A obra está a ser executada também pela CRDC.
Mas há troços que registam um relativo atraso, sobretudo devido a dificuldades das empresas, a quem foram adjudicadas as obras, à mobilização dos meios técnicos, humanos e à montagem dos respectivos estaleiros.
Tal é o caso da TEA (Terrapla-nagem e Estradas de Angola), que está a trabalhar na via Negage/Lucala, numa extensão de cento e noventa quilómetros.
Fernando Ribeiro reconhece que os trabalhos neste troço não conheceram a rapidez requerida, mas avança que o empreiteiro “já está a fazer alguns trabalhos de terraplanagem que vão culminar, precisamente, com a asfaltagem da estrada”.
Não menos importante é o troço Negage/Kimbele, importante via de ligação com a República Demo-crática do Congo.
Esta empreitada, de 223 quilóme-tros, está dividida em três lotes, Negage-Alfândega-Makokola-Kimbe-le, onde vão trabalhar as empresas TEA, Agrobal e HRC.
“Estas empresas já estão no terreno a mobilizar meios para que, dentro de três meses, arranquem, em força, com as obras, inicialmente com a terraplanagem e, depois, a asfaltagem, tal como sucede com outras empreitadas”, garante o director do INEA.
Muitas pontes
por (re) construir
Técnicos do Instituto Nacional de Estradas de Angola no Uíje situam em noventa o número de pontes por (re) construir em todo o território da província. Só no troço entre o Rio Dange e o município do Negage, estão cadastrados treze estruturas de grande dimensão, para além de passagens hidráulicas (pontões e aquedutos). “Se falarmos em termos gerais, temos por reabilitar em toda a província cerca de 90 pontes”, acentua Fernando Ribeiro.
E, quando ainda está para ser feito o levantamento no troço Uíje/Maquela, o plano já contempla, para a satisfação da população, vinte e oito pontes que estão directamente enquadrados neste plano de reabilitação das vias de comunicação.
Algumas razoáveis, outras des-truídas e situadas em troços que ainda não foram adjudicados – espe- ra-se que venham a sê-lo em breve - as pontes que garantem a ligação para os municípios estão, também, na ordem do dia, como pudemos ver nas chamadas terras do “bago vermelho”.
Obras entregues este ano
Muito recorrente em algumas províncias do país, a questão do não cumprimento dos prazos de entrega das obras pelos empreiteiros veio à tona na conversa com o engenheiro Fernando Ribeiro, que, sobre a conclusão da rodovia Kifangondo-Caxito-Uíje-Negage, reconheceu haver alguns atrasos, derivados, sobretudo, pelas chuvas que, no Uíje, são de elevada intensidade e se prolongam por oito meses.
“Há um programa inicial, apresentado pelo empreiteiro, e, logicamente, aceite pelo dono da obra. Ora, essa obra começou em 2005 e o seu término estava previsto para Junho de 2008 ”, confessa Fernando Ribeiro, acrescentando contudo que “no decorrer das obras, fomos verificando que os prazos não seriam cumpridos na sua íntegra, devido às chuvas”.
As obras na estrada rio Dange/Uíje/Negage estão já com uma apresentação aceitável, o que passa a ser mais um desafio para os automobilistas imprudentes.
De resto, como diz Fernando Ribeiro, este ano é o limite máximo para a entrega da obra ao dono, depois da sua sinalização e feitos os últimos acabamentos. Pelo meio, deixa escapar que, no território do Uíje, os casos de incumprimentos do prazo de entrega de obras pelos empreiteiros têm sido devidamente ponderados.
Sinalização das estradas
Um dado a reter é que a débil sinalização da estrada sobre Rio Dange/Uíje é hoje uma das principais causas do elevado índice de acidentes, para além, claro está, do elevado consumo de álcool, do mau estado técnico das viaturas e do excesso de velocidade.
O engenheiro Fernando Ribeiro revela que “a sinalização das estradas não é um trabalho da alçada do INEA, mesmo sendo representante do dono da obra”. Ele endossa, assim, essa responsabilidade à Galp Engenhenring, fiscal da obra.
Mas, argumenta, estes pormenores todos de execução estão contemplados no projecto de reabilitação das estradas, podendo haver, com certeza, algumas falhas na colocação de sinais visíveis à longa distancia para todos os automobilistas. “É evidente que nos temos batido constantemente para a observância destes aspectos”, acentuou Fernando Ribeiro.
Estradas secundárias
Quisemos saber do responsável do INEA sobre a intervenção da sua empresa nas estradas secundárias e terciárias, que ligam os diferentes municípios e comunas. Aqui, Fernando Ribeiro assumiu “que essas vias são da responsabilidade do Gabinete Técnico de Gestão dos projectos do PIP (Programa de Investimentos Públicos) para a província do Uíje”.
Este gabinete está hoje com grande protagonismo no Uíje e, no terreno, muitas empresas por si contratadas estão a desenvolver algum trabalho, como é o caso do troço Songo/Lukunga.
Fernando Ribeiro clarificou que o INEA se debate com falta de equipamentos adequados à execução de obras nestes troços e isso limita a capacidade de resposta às várias solicitações do governo do Uíje para os projectos de subordinação local. “Não temos meios” acentua.
Ele revela, contudo, que o Mi-nistério das Obras Públicas orienta as direcções provinciais do INEA à complementaridade do equipamento para as ligações municipais. “Quer dizer que serão os governos provinciais a receber os “kit” de equipamentos a fim de serem distribuídos a alguns municípios para a intervenção das vias de ligação com as comunas”, esclareceu.
Uma intenção que, de resto, viria a ser confirmada numa breve entrevista que o governador do Uíje, António Bento Cangulo, nos concedeu e que publicamos noutro espaço desta reportagem.
Obras no casco urbano
Para quem passou pela cidade do Uíje há seis anos e regresse hoje, a primeira impressão, positiva, com que se vai confrontar é a fluidez do trânsito. As ruas estão em reabilitação, sobretudo com a operação “tapa-buracos”, recorrendo-se à brita, acção que os técnicos chamam de trabalho de sub-base. “Todos os buracos das ruas estão praticamente eliminados e po-demos daqui para a frente assistir a trabalhos mais profundos, com a colocação de asfalto na cidade do Uíje”, sublinha Fernando Ribeiro.
Este é um trabalho adjudicado à CRDC, que também chama si a asfaltagem das cidades do Negage
e Caxito.
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